No pedido de transferência de hospital, médico classificou situação como prioridade 1 devido ao risco iminente de morte

‘Risco iminente de morte’: mulher aguarda vaga em hospital há 5 dias em Campo Grande
No pedido de transferência de hospital, médico classificou situação como prioridade 1 devido ao risco iminente de morte / Foto:  Leitor Midiamax

A família da aposentada Selma Regina, de 54 anos, corre contra o tempo para conseguir uma vaga em hospital de Campo Grande para ela. Com quadro de insuficiência cardíaca grave, com perda da capacidade de manter suas funções normais e suspeita de tromboembolia pulmonar, Selma não pode se locomover e tem dificuldade para respirar.

Atualmente ela está internada na UPA (Unidade de Pronto Atendimento) Moreninha, onde aguarda desde o sábado (28) uma vaga em hospital. No boletim médico assinado na UPA, o médico classifica a urgência do pedido de transferência hospitalar como prioridade 1, devido ao risco iminente de morte.

Sem filhos, sendo a principal cuidadora dos pais dela – um casal de idosos de 80 anos – a família de Selma está angustiada com a situação. “Meus avós estão sentindo muita falta, ela é a companheira deles”, conta uma sobrinha de Selma, a estudante de psicologia Fabiana Moreira, de 21 anos.

Pedido de ajuda
A família procurou ajuda da Defensoria Pública de Mato Grosso do Sul em busca de uma solução. “Nós ajuizamos pela Defensoria Pública uma liminar determinando que ela fosse transferida para o hospital em menos de 24 horas. Porém, até agora, dois dias depois, nada aconteceu”, relata a sobrinha.

Ao se encontrar pessoalmente com a tia, viu que ela estava bastante fragilizada. “No posto de saúde o médico ou médica que atendeu falou que provavelmente era uma anemia porque ela reclamou que estava sentindo um cansaço há mais de 20 dias, né? Mas eu fui visitar ela em casa e falei: ‘não, tia, isso não é anemia. Eu tenho anemia e não fico assim’…”, completou Fabiana.

Ela então insistiu que Selma voltasse ao médico naquele mesmo dia, foi quando a paciente fez um raio-x do pulmão e a equipe viu que havia uma alteração grave.

“O coração dela está com o tamanho aumentado, ela está com uma insuficiência cardíaca e uma insuficiência renal, porque o lado esquerdo dela do rim está sobrecarregado, e com muita água no pulmão”, afirma a sobrinha.