O governo do Rio de Janeiro confirmou que solicitou aos Estados Unidos a classificação do Comando Vermelho (CV) como uma organização terrorista.
A informação foi confirmada pelo secretário de Segurança Pública do Rio de Janeiro, Victor Santos, em entrevista à rádio CBN Rio.
Apesar de reconhecer que o grupo não se enquadra na legislação antiterrorismo brasileira, o secretário destacou o caráter estratégico da classificação pelos EUA.
“O americano, ele controla todo o sistema SWIFT, as transações financeiras no mundo inteiro. Isso, para a gente, é interessante que a gente tenha uma agilidade, uma rapidez muito maior de bloquear eventual ativo que pertence a essa organização criminosa”, afirmou o secretário Victor Santos.
Debate Aceso Após Megaoperação
O pedido do Rio de Janeiro surge em meio a um acalorado debate nacional sobre a classificação de facções criminosas como terroristas. O tema ganhou força após uma recente megaoperação policial no estado, justificada pela necessidade de desarticular lideranças do Comando Vermelho na região.
A ação, que contou com cerca de 2.500 policiais civis e militares, resultou em intensa troca de tiros e barricadas em comunidades. Inicialmente, o número de mortes confirmadas era de 64, mas o balanço final subiu para 121 óbitos, incluindo quatro policiais. A operação é considerada a ação policial mais letal da história, superando o massacre do Carandiru.
A repercussão da operação influenciou diretamente a agenda do Congresso. A votação do Projeto de Lei (PL) 1283/2025, que visa classificar facções criminosas como organizações terroristas no país, foi adiada pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara dos Deputados.
A megaoperação, além das vítimas fatais, resultou na prisão de 113 suspeitos e na apreensão de 118 armas.











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