Ele foi preso duas vezes na segunda fase da operação.

Réu na Omertà apontado como ‘cobrador’ ganha liberdade com tornozeleira eletrônica

Lucas Silva Costa, réu preso na segunda fase da Operação Omertà em março de 2020, teve a prisão preventiva substituída por medidas cautelares. Apontado na investigação policial como responsável por fazer serviço de cobrança de agiotagem, ele agora será monitorado por tornozeleira eletrônica.

Conforme publicação no Diário da Justiça desta terça-feira (21), a prisão do réu foi substituída por série de medidas cautelares. São elas não mudar de residência sem prévia comunicação ao juízo, não se ausentar por mais de 8 dias da comarca sem prévia autorização, comparecer a todos atos do processo, proibição de contato com os acusados e testemunhas dos processos da Omertà.

Também recolhimento domiciliar noturno entre 20h e 6h, de segunda a sexta e durante o dia todo aos sábados, domingos e feriados e a monitoração eletrônica por tornozeleira, por 180 dias.

Duas prisões
Preso duas vezes na segunda fase da Omertà, Lucas alegou fazer serviços de despachante com o pai em um escritório. Após a segunda prisão, ele ainda disse que a arma apreendida na casa em que alugava não era dele, mas acabou detido em flagrante e teve a prisão preventiva decretada.

Com a informação de que Lucas tinha em posse uma arma irregular, policiais do Batalhão de Choque foram até o escritório onde ele diz trabalhar como despachante. Ele foi levado até a casa que aluga, na Moreninha, e no local foram encontrados carros importados e um jet ski, do qual ele assumiu a posse, bens tidos como incompatíveis com o ganho do trabalho do rapaz.

No quarto foi encontrado o revólver calibre 38, que Lucas disse pertencer a outro morador da residência. No entanto, a suspeita é de que a arma seja de Lucas, que foi preso em flagrante pela posse irregular. Também havia aproximadamente 10 veículos na garagem daquela residência, além do jet ski, e Lucas assumiu propriedade de todos os bens.

Na casa em que vive com a mulher, ainda haveria um Camaro e uma moto CB 1000. A princípio, a suspeita nas investigações é de que Lucas tenha assumido ‘negócios’ de Nego Bel, o Euzébio de Jesus Araújo, integrante da organização preso na primeira fase da Omertà.

Como ‘trabalho’ para a organização criminosa, o rapaz seria responsável por fazer cobranças de agiotagem, entre outros ‘serviços’.