Reformas no ensino médio não alteram Enem deste ano, diz ministro
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O ministro da Educação, Mendonça Filho, destacou que as reformas no ensino médio não trarão mudanças para o Enem deste ano. Já sobre as futuras edições, ele explicou que a medida provisória determina que os processos seletivos, como os vestibulares e o próprio Enem, tenham a liberdade para escolher os conteúdos exigidos nas provas.

"Um teste como o Enem não está condicionado a uma definição expressa na lei. Ele é definido a partir de uma avaliação de um conteúdo que ele vai ser dimensionado. Você tem um conteúdo único, padrão, que é definido pela Base Nacional Comum Curricular, e tem conteúdos complementares, dentro daquelas áreas temáticas: ciências da natureza, ciências humanas, linguagem, e por aí vai", explicou ele, em entrevista ao portal G1.

A secretária-executiva do Ministério da Educação (MEC), Maria Helena Guimarães de Castro, também fez questão de lembrar que o Enem 2017 também não deve sofrer ainda os reflexos da reforma, já que suas mudanças de conteúdo mais estruturais dependem do que estiver aprovado na Base Nacional Comum Curricular.

Segundo ela, a Base será reavaliada em seminários estaduais para depois ser alvo de audiências públicas e deliberações do Conselho Nacional de Educação (CNE). A expectativa é que ela seja aprovada até o fim de 2017.

Maria Helena disse que ainda não é possível definir o que vai acontecer após as mudanças, mas uma das hipóteses levantadas por ela é que os processos seletivos fiquem mais exigentes. "Estou falando em uma hipótese: podemos ter um Enem nacional que avalia o que for aprovado no próximo ano na Base Nacional Comum, e podemos ter avaliações nacionais ou então das próprias universidades daquilo que é área de aprofundamento", afirma a secretária-executiva do MEC.

"Então, por exemplo: para entrar no curso de medicina, eu posso ter uma prova nacional só na área de aprofundamento de ciências da saúde, pegando mais biologia, química e até matemática, depois de ter feito a prova da base nacional comum obrigatória para todos", explica.