As peças foram produzidas ao longo de dois meses na oficina de costuma

Reeducandos da Penitenciária Estadual Masculina de Regime Fechado da Gameleira II, em Campo Grande, produziram 1.019 peças de inverno para aquecer pacientes do Hospital São Julião. Entre bermudas, camisetas, calças, blusas, casacos, almofadas e mini-travesseiros, a produção significa a ressocialização com empatia e compromisso social.
A produção das peças aconteceu ao longo de dois meses na oficina, que é realizada após a doação de máquinas de costura. Cerca de quatro internos participaram da produção. O coordenador da produção, reeducando de 41 anos, entrou na oficina sem experiência na área. Atualmente, ele soma 10 anos na costura.
“Já me formei em Gestão Imobiliária e agora estou concluindo Administração. Tudo dentro do sistema. É gratificante saber que algo feito por nós pode levar dignidade a quem precisa”, descreve.
Outro reeducando, de 59 anos, conta que a mãe é costureira e a oficina despertou o interesse pelas origens. “Estou aprendendo tudo. E faço com gosto, porque é uma obrigação também moral”.
Peças foram planejadas para as doações (Divulgação, Agepen)
Doação solidária
Representando a Coordenação de Educação, Cultura e Esporte da Senappen no ato, policial penal federal Carlos André dos Santos Pereira, explica que a iniciativa seleciona pessoas interessadas na mudança de vida e no recomeço.
Além disso, cada item produzido foi planejado para a doação. O hospital fornece os insumos, enquanto a agência penitenciária entra com a mão de obra e o maquinário, permitindo que o trabalho prisional beneficie diretamente a população. Essa já é a segunda entrega realizada pela penitenciária ao São Julião. No início deste ano, mais de 600 itens também foram produzidos dentro da parceria.
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