Pesquisa também mostra que setor de supermercados é impactado pela inflação de alimentos.

Recuperação: Vendas no varejo crescem pelo segundo mês seguido em MS

Após a crise causada pela pandemia de coronavírus, a economia tem se recuperado aos poucos em Mato Grosso do Sul. Dados divulgados pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) mostram que em setembro as vendas no varejo cresceram 1,2%. Este é o segundo mês seguido de crescimento nas vendas. 

O IBGE divulgou nesta quarta-feira (11) a Pesquisa Mensal de Comércio referente ao mês de setembro. No mês analisado, o volume de vendas no varejo de Mato Grosso do Sul subiu 1,2% em relação a agosto e segue trajetória ascendente. O momento de maior queda foi registrado em abril, com -12,1%.

No confronto com setembro de 2019, na série sem ajuste sazonal, as vendas do varejo subiram 10,6% em setembro de 2020, aponta o IBGE. Com isso, o varejo registra uma alta de 2,7% no acumulado do ano, mostrando uma recuperação e aumento no ritmo das vendas. 

Dados do Instituto mostram que no acumulado do último ano, há aumento no ritmo das vendas pelo quarto mês consecutivo, ao passar de 0,9% em agosto para 1,8% em setembro. “Trata-se de uma diminuição do ritmo de crescimento nos volumes do varejo nacional. A desaceleração é natural e representa uma acomodação, porque as quedas de março e abril foram muito expressivas, o que fez com que os meses seguintes de recuperação também tivessem altas intensas. A desaceleração é como se a série estivesse voltando à normalidade”, analisa o gerente da PMC, Cristiano Santos.

A pesquisa do IBGE ainda mostrou que o setor de supermercados está sendo impactado pela inflação de alimentos. De abril a setembro, o setor teve crescimento de 10,6% na receita, enquanto em volume, o ganho foi de 4,7% nesse período.

“A inflação de alimentos em setembro impactou bastante. Nos três últimos meses, os indicadores de receita do setor registram dois índices positivos, 2,1% em setembro e 0,5% em julho, e um negativo, -0,7% em agosto. Já os indicadores de volume foram todos negativos em setembro (-0,4%), agosto (-2,1%) e julho (-0,3%), o componente da inflação influencia os indicadores nos últimos três meses”, explica Santos.