A reunião deve contar com a presença do ministro da Secretaria de Governo de Presidência da República, Carlos Marun, além de técnicos do governo federal, parlamentares e representantes do governo do estado, entre outros.

Recuperação do Taquari com recursos da conversão de multas ambientais deve ser discutida nesta sexta em MS
Projeto para recuperação da bacia do rio Taquari, em MS, vai ser discutido nesta sexta-feira na Assembleia Legislativa de MS. / Foto: Reprodução/TV Morena

Deve ser discutido nesta sexta-feira (7) na Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul o projeto de recuperação da bacia do rio Taquari com a utilização de recursos da conversão de multas ambientais. A reunião deve contar com a presença do ministro da Secretaria de Governo de Presidência da República, Carlos Marun, além de técnicos do governo federal, parlamentares e representantes do governo do estado, entre outros.

A portaria para a recuperação da bacia do rio Taquari, por meio da conversão ambiental foi publicada no dia 27 de novembro, no Diário Oficial da União. A medida traduz o esforço para restaurar os recursos naturais destruídos pelo assoreamento do Taquari, bem como a economia na região e a qualidade de vida dos pantaneiros. O desastre ambiental inundou permanentemente 1,3 milhão de hectares, grande parte na planície de Corumbá.

“Recebemos a notícia que o Taquari está sendo priorizado, o que é sonho, porque são investimentos de valores significativos. O ministro vem aqui para tratar, com um grupo de técnicos, quais são as prioridades que foram apontadas, os recursos que estarão disponíveis e quais as ações que deverão ser contempladas”, comenta o presidente da Assembleia Legislativa, Júnior Mochi (MDB).

A proposta do estado para recuperar a bacia
 
A proposta do estado para recuperação do Taquari, segundo o presidente do Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul (Imasul0, Ricardo Éboli, baseou-se no plano elaborado pela Comissão Interministerial, criada em 2006 e foi elaborada em conjunto com as organizações civis e o segmento produtivo. “Ao longo dos anos o Taquari foi assoreado de projetos, agora temos uma luz no fim do rio”, pontuou. “O governo federal deixou de olhar apenas para a Amazônia e pantanalizou as suas ações”.

Em 2017, quando o decreto das conversões de multas ambientais foi assinado pelo presidente Michel Temer (MDB), em encontro no Refúgio Ecológico Caiman, em Miranda, estimava-se recursos da ordem de R$ 4,6 bilhões para aplicação em áreas degradadas. Os primeiros chamamentos públicos do Ibama para atrair propostas de serviços ambientais priorizaram as bacias dos rios São Francisco e Parnaíba, com previsão de conversão de R$ 2,5 bilhões em multas durante 20 anos.

A portaria nº 3.447 do Ibama define que os projetos para o Taquari deverão contemplar iniciativas e eixos incluídos no tema 1 do Programa Nacional de Conversão de Multas. O tema 1 trata da proteção da vegetação nativa e da fauna silvestre, agrupada em três eixos: recuperação da vegetação em Áreas de Preservação Permanente (APPs) e áreas de recarga de aquíferos; recuperação e manutenção da vegetação nativa e proteção da fauna silvestre.