Marcelo teria gritado e feito barulho a noite toda, "parecia que ele pressentia que ia morrer".

"Que Deus o tenha, se merecer", comenta vizinho ameaçado por homem que foi morto após jogar facas em policiais

O Técnico de Tecnologia da Informação Marcelo de Andréa Nahabedian, de 47 anos, morto em confronto com policiais, na manhã de terça-feira (27), no Residencial União, era usuário de drogas e tinha passagem por tentativa de homicídio. 

Um dos vizinhos que conhecia Marcelo há cerca de 30 anos, que preferiu não se identificar, disse ao Jornal Midiamax que ele vendia tudo que tinha dentro de casa para comprar drogas e que não deixava ninguém dormir. "Ele colocava fogo na casa, ficava a noite inteira batendo, gritando, xingando", comentou . 
 
"Nem parecia que era ele", relatou vizinho que viu quando ele foi baleado. "Ele enfrentou cinco policiais com três facas na mão, e quando foi cercado atirou duas facas nos policiais", revela.
"Era um cara inteligente, bom, mas as drogas acabaram com ele", ressalta o vizinho.
 
A tía de Marcelo disse que ele começou nas drogas menores, mas acabou indo para o crack. Ela ainda questiona a ação dos policiais. "Eles poderiam ter atirado nas pernas dele, mas atiraram na parte do peito", lamenta.
 
Ela comenta ainda que por duas vezes ele ficou internado em clínica de reabilitação. A tia acredita, que como ele ganhava muito bem, ele deve ter pago alguém da clínica para liberar ele, falar que estava bom para voltar. "Ele não estava bem, deveria ter ficado mais tempo".
 
Outro vizinho que afirmou que já foi ameaçado diversas vezes pelo Marcelo, o aposentado de 76 anos disse que ele atacava cacos de vidro para dentro do terreno dele, que poderiam acertas as crianças e que invadiu sua casa. 
 
Ele falou que Marcelo teria gritado e feito barulho a noite toda, "parecia que ele pressentia que ia morrer", relatou. "Que Deus o tenha, se merecer", comenta o aposentado.