Cerca de 310 policiais federais estão cumprindo 62 mandados de busca e apreensão e 10 mandados de prisão preventiva 8 Estados.

Quadrilha enviou mais de 300 armas dentro de luvas de luta pelos Correios
Armas eram enviadas pelos Correios, segundo investigação da PF. / Foto: Divulgação/Polícia Federal

A Operação Gun Express da Polícia Federal (PF) foi deflagrada na manhã desta quinta-feira (5) para prender grupo especializado em crime de tráfico internacional de armas de fogo, acessórios e munições em 9 estados, entre eles Mato Grosso do Sul, em Paranhos.

Segundo a polícia, a suspeita é de que a quadrilha tenha traficado mais de 300 armas com investimento de cerca R$ 2 milhões na compra do armamento. São cumpridos 62 mandados de busca e apreensão e 10 mandados de prisão preventiva, nos estados do Paraná, Bahia, Rio Grande do Norte, São Paulo, Paraíba, Sergipe, Santa Catarina, Minas Gerais e Mato Grosso do Sul.

Conforme a PF, a investigação teve início no primeiro semestre de 2018, quando a Polícia Federal identificou que armas de fogo eram enviada pelos Correios, escondidas dentro de equipamentos de treino para artes marciais, como luvas, aparadores de chute, e caneleiras, muito usados na pratica de muay thai.

Na sequência, a polícia identificou grupo de pessoas dos estados do Paraná, Bahia e Rio Grande do Norte que atuava em associação na importação, guarda, remessa e transporte de armas de fogo, acessórios e munições, que teriam como destino diversos outros estados do país, com destaque para Bahia e Rio Grande do Norte.

Também foram apreendidos durante a investigação armamentos e acessórios escondidos em tanques de combustíveis de veículos, usados durante o transporte para alguns dos Estados do nordeste. Foi identificado que parte do pagamento das armas era feito por empresas de fachada controladas por suspeitos da Bahia e do Rio Grande do Norte para dar aparência lícita aos repasses financeiros feitos pelo sistema de transferências bancárias.

Também são cumpridas 27 ordens de bloqueios judiciais de contas bancárias e aplicações financeiras, sequestro e arresto de bens de 26 pessoas físicas e 1 pessoa jurídica, além da constrição judicial de 10 veículos em nome de terceiros. Foram decretadas ainda 6 medidas cautelares diversas da prisão para outras pessoas envolvidas na investigação.

A Polícia Federal vai indiciar 28 pessoas por crime de tráfico internacional de armas de fogo, lavagem de dinheiro, associação criminosa e falsidade ideológica.