Com faixas, cartazes e vestidos com camisetas do Brasil, os manifestantes conversaram com motoristas e adesivaram carros.

Protesto foca ministros do STF e reúne 150 pessoas no Obelisco
Manifestantes no canteiro da Avenida Afonso Pena, em Campo Grande. / Foto: Leonardo Rocha

Com foco nos ministros do STF (Supremo Tribunal Federal) e críticas à derrubada de prisão para condenados em segunda instância, grupo de aproximadamente 150 pessoas se reuniram na tarde deste domingo (17) no canteiro da Avenida Afonso Pena, em frente ao Obelisco de Campo Grande. Com faixas, cartazes e vestidos com camisetas do Brasil, os manifestantes conversaram com motoristas, adesivaram carros e pediram o impeachment do ministro Gilmar Mendes.

O ato foi organizado pelos movimentos de Pátria Livre, QG Bolsonaro, Movimento nas Ruas e Fora Corruptos. Fabricia Salles, uma das organizadoras, explica que o objetivo da ação é conscientizar e mostrar a força dos movimentos de rua. “Nossas principais bandeiras são reverter a decisão sobre a prisão em segunda instância e o impeachment do Gilmar Mendes, o que seria serviria de recado para os outros ministros e ao congresso”, explica.

Desde que se tornou o principal crítico da Operação Lava-Jato no Supremo Tribunal Federal (STF), o ministro Gilmar Mendes passou a receber ataques de políticos e militantes de grupos conservadores. Ironicamente, há poucos anos o ministro era um dos alvos preferidos de políticos e militantes da esquerda. Insatisfeitos com ataques de Gilmar à Operação Lava-Jato e com sua mudança de posição sobre a prisão em segunda instância – ele era favorável à prisão logo após a segunda instância, mas mudou seu entendimento na votação da semana passada.

O aposentado Josué Antunes, de 71 anos, fez coro ao grupo e deixou sua mensagem de indignação. “Não dá para concordar com o que está acontecendo, os ministros acham que estão acima de tudo e estão tomando decisões contra a população”, acredita.

Em seu segundo protesto, o engenheiro Joel Rodrigues, de 55 anos, diz acreditar que existam “desmandos no STF”. Ele acredita que a decisão da corte de permitir prisão somente quando se esgotarem recursos acaba “beneficiando corruptos e bandidos”.

O ato dos manifestantes foi acompanhado pela Polícia Militar de Trânsito, que fez a segurança da área.