Professor morto em rodovia pode ter caído após atropelar seriema em alta velocidade

O motociclista que morreu na tarde desta segunda-feira (6) na MS-010, no trecho que liga Campo Grande e Rochedinho, foi identificado como o professor Edson Diego Aparecido Belchior Corrêa, de 29 anos. Para a polícia, a alta velocidade e o atropelamento de uma Seriema foram as causas do acidente.

De acordo com o tenente Wilson Freitas do Corpo de Bombeiros, o professor conduzia uma Suzuki GSXR 750, OOT-8633, de Campo Grande, em sentido a Rochedinho quando ao fazer uma curva, perdeu o controle da direção, saiu da pista, atingiu um barranco na margem da rodovia e foi arremessado cerca de 50 metros da motocicleta.

Na pista, aproximadamente 100 metros do local onde a moto parou e próximo dos primeiros sinais do acidente, os militares encontraram uma Seriema morta. Para a subtenente da Polícia Rodoviária Estadual, Cardinale Cabanhas, é grande a possibilidade da ave na pista, ligada a alta velocidade, ter sido a causa do acidente que matou Edson.

Pela dinâmica do acidente, segundo a subtenente, o professor deveria estar de 160 a 170 km/h no momento do acidente, já que o corpo dele foi encontrado a 150 metros da ave. Ainda conforme Cabanhas, ocorrências envolvendo atropelamento de animais na MS-010 são raras, diferente da rodovia MS-040, onde casos assim, incluindo com animais de grande porte, são comuns.

Colegas de trabalho de Edson e também familiares estiveram no local do acidente e o reconheceram. Formado em educação física, nas tardes de sábado o professor viajava até Rochedinho para dar aula na Escola Municipal Barão do Rio Branco, onde lecionava no projeto da prefeitura, Família na Escola.

O diretor da instituição, que preferiu não se identificar, relatou que no sábado (4), Edson deu aula normalmente, mas foi para casa sem conversar com uma professora do local e por isso voltava à escola nesta segunda-feira para uma reunião com ela.

Funcionários da escola foram até a rodovia e falaram que Edson começou a trabalhar esse ano na escola e era conhecido como uma pessoa prestativa, ‘gente boa’ e sempre disposto a judar quando alguém precisava.

Além do Corpo de Bombeiros, o Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência), a Polícia Rodoviária Estadual e a perícia atenderam a ocorrência.