Longa-metragem com temática LGBT+ possui cena de sexo.

Professor e diretor de escola onde filme com cena de sexo foi exibido são suspensos
Cena de sexo em filme exibido a alunos do Ensino Médio causou polêmica. / Foto: Reprodução

A SED (Secretaria Estadual de Ensino) decidiu suspender por 30 dias o professor de artes e o diretor de uma escola estadual de Campo Grande, após a repercussão causada pela exibição de um filme com cenas de sexo para os alunos de Ensino Médio.

A obra audiovisual foi produzida em Mato Grosso do Sul e trata de questões LGBT+ (Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis, Transexuais, Pessoas Trans e Intersex).

Na quinta-feira (4), a Secretaria de Estado de Educação informou ter aberto “processo administrativo para apurar a ocorrência relata pela comunidade estudantil após exibição de um filme com temática sexual, ocorrida no dia 03 de outubro de 2018”.

A suspensão dos dois educadores foi publicada no DOE (Diário Oficial do Estado), desta sexta-feira (5), com base no disposto nos artigos 249-251 da Lei n. 1.102, de 10 de outubro de 1990.

(…) A suspensão preventiva de até trinta dias será ordenada pelas autoridades mencionadas no artigo anterior, desde que o afastamento do funcionário seja necessário a apuração dos fatos.A publicação é assinada pela Secretária de Estado de Educação, Maria Cecilia Amendola da Motta.

“A decisão pelo afastamento, fundamentada pelo capítulo II da Lei n. 1.102, de 10 de outubro de 1990, art. 249-251, foi tomada com o objetivo de preservar a integridade dos profissionais envolvidos e para garantir que as atividades da Unidade Escolar sigam normalmente durante o andamento do processo administrativo, em execução”, informou a SED por nota.

Polêmica

O filme “Crime Barato”, é um longa-metragem produzido pelo cineasta de Mato Grosso do Sul, Mhiguel Horta, foi exibido a alunos do Ensino Médio, na última quarta-feira (3). A obra audiovisual virou polêmica por conter cenas de sexo.

Alunos que assistiam ao filme registraram as cenas e as imagens passaram a circular nas redes sociais. Alguns pais não gostaram do conteúdo e ficaram revoltados com a aula. Um responsável fez uma postagem no Facebook, que virilizou no Estado. O professor passou a ser alvo de ameaças.

O caso chegou até à Câmara Municipal, onde os vereadores discutiram uma moção de repúdio ao diretor da escola e professor que expôs os alunos às imagens.