Homem era orientador da vítima no curso de Medicina Veterinária em Jataí, GO. Crime ocorreu em apartamento da capital, enquanto participavam de congresso, segundo denúncia.

Professor é denunciado por abuso sexual e estupro de aluna
Vítima cursava Medicina Veterinária em campus de Jataí / Foto: Reprodução/ UFG

Um professor de Medicina Veterinária da Universidade Federal de Goiás (UFG), da regional de Jataí, no sudoeste goiano, foi denunciado pelo Ministério Público Federal em Goiás (MPF-GO) por abusar sexualmente de uma orientanda, em Goiânia. A vítima fez a denúncia em abril deste ano, relatando o ocorrido em dezembro de 2016 à Polícia Civil.

Conforme depoimento da vítima, o estupro ocorreu em um apartamento da capital, onde eles estavam hospedados para participar de um congresso. Segundo o relato, ela estava dormindo e acordou em decorrência do ato.

O procurador da república João de Medeiros, autor da denúncia, esclareceu que as investigações apontaram que o professor usou de sua condição de superior para aliciar a vítima.

“Ficou caracterizada a situação de assedio por ele usar da sua condição de professor para obter favorecimento sexual. Mesmo que o favorecimento não seja alcançado já caracteriza. Consta nas investigações que ele teria encaminhado mensagens e abordado a vítima com esse intuito”, disse ao G1.

Já a denúncia por estupro de vulnerável ficou caracterizada pela vítima estar em condições que impediam qualquer defesa dela. “No caso de estar fora de si ou dormindo, como ela relatou, não tem como resistir. No que consta ela estava dormindo quando houve a pratica, veio a acordar na constância do ato”, esclareceu.

Em nota enviada ao G1, a UFG infomrou que a denúncia de estupro "é apurada por um Processo Administrativo Disciplinar que se encontra em fase de coleta de depoimentos. O professor alvo da denúncia está afastado de suas atividades".

No texto, a universidade ressalta que "repudia qualquer forma de violência e tem tratado com prioridade as denúncias referentes a possíveis casos de assédio moral, sexual e outros tipos de violência ocorridos dentro da instituição".

Por fim, a UFG diz que, "em maio deste ano, o Conselho Universitário (Consuni) aprovou uma resolução que institui normas e procedimentos a serem adotados pela instituição em casos de assédio moral, sexual e qualquer forma de preconceito".

Instituição
 
Ainda conforme o promotor, a UFG também responde a um processo que tem como fim pedir que a Universidade desenvolva ações de prevenção e combate a abusos morais e sexuais. Segundo ele, já foi realizada uma audiência pública, com participação da comunidade.

A UFG tem, até setembro deste ano, para apresentar sugestões de medidas que possam conscientizar a comunidade universitária contra as várias formas de abuso.