Ministério da Saúde contratou empresa para telemedicina e procurador desconfia de superfaturamento.

Procurador Marinus Marsico protocolou representação pedindo que o Tribunal de Contas da União apure condições do contrato assinado pelo Ministério da Saúde, na gestão de Luiz Henrique Mandetta, no valor de R$ 46,8 milhões com a Talk Telecom, para prestação de serviços de call center, direcionando para outra empresa, a TopMed, pacientes interessados em teleadimento para diagnóstico da Covid-19.
Segundo o Antagonista, que teve acesso aos documentos, procurador quer saber se houve superfaturamento no contrato. Isto porquê, dias atrás, também Marciso constatou irregularidades no contrato de R$ 144 milhões com a TopMed.
No início, o contrato com a TopMed previa atendimentos de telemedicina ao preço de R$ 5,80 cada um, num contrato de R$ 26 milhões. Depois, o valor subiu para mais de R$ 20 por consulta e o contrato chegou aos R$ 144 milhões.
O chamado "Telesus" funciona pelo número 136. No primeiro mês do serviço, foram atendidas 78 mil pessoas, segundo o Ministério da Saúde.
“A contratação da Talk Telecom denota problemas bem semelhantes àquela que envolveu a acima citada Topmed. Não por coincidência, o contrato do Ministério com a Topmed foi objeto de outra representação”, disse o procurador.
Como as contratações tem como objetivo atendimentos a distância que visam contribuir com o isolamento social, o procurador questiona os gastos com uma prestação limitada e sem atender os objetivos, e questiona também a submissão do Ministério às propostas feitas pelas empresas.
“Não se observam negociações, contrapropostas, discordâncias, mas apenas a aceitação, praticamente incondicional, dos termos postos por pessoas jurídicas privadas.”
Representação também foi encaminhada ao Ministério Público Federal, Polícia Federal e Controladoria-Geral da União.
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