Ricardo Su Moon aguardava o julgamento em liberdade. Em outubro de 2018 ele falou com exclusividade ao G1 sobre o caso que será julgado nesta quinta-feira (11).

PRF acusado de matar empresário a tiros em briga de trânsito vai a juri popular
Ricardo Su Moon, acusado de matar empresário em briga de trânsito em MS / Foto: Jaqueline Naujorks e Graziela Rezende/G1 MS

O policial rodoviário federal Ricardo Hyiun Su Moon, acusado de matar a tiros o empresário Adriano Correia do Nascimento na madrugada de 31 de dezembro de 2016, em uma briga de trânsito na capital, vai a júri popular nesta quinta-feira (11).
 
No tribunal, sete jurados decidirão o futuro do réu após as considerações de defesa, feitas pelo advogado Renê Siufi, e de acusação, a cargo da promotora Livia Carla Bariani, segundo o Tribunal de Justiça de MS. Moon chegou a ser preso após o crime, e aguarda o julgamento em liberdade, cumprindo medidas cautelares.

Em outubro do ano passado o PRF falou com exclusividade ao G1 sobre o caso, e disse que "não é um monstro descontrolado". Na reportagem, a família de Adriano, representada por seu advogado, também comentou o caso dizendo que o réu "tem o direito de mentir". O julgamento começa às 8h, no plenário do Tribunal de Justiça de Campo Grande.

Entenda o caso
 
Na madrugada de 31 de dezembro de 2016, dois veículos cruzaram-se na avenida Ernesto Geisel, centro de Campo Grande (MS). Em um deles estava o policial rodoviário federal Ricardo Hyiun Su Moon, que teria sido fechado em um cruzamento por uma caminhonete dirigida pelo empresário Adriano Correia do Nascimento, acompanhado de 2 pessoas. De uma questão de trânsito, a cena transformou-se em uma tragédia que mudou a vida de duas famílias.

De acordo com a investigação, após a fechada que quase resultou em um acidente, Ricardo parou seu carro em frente à caminhonete e desceu. Ele alega que Adriano estava embriagado e que o fez com o intuito de pará-lo. Ali começou uma discussão. Segundo a acusação, Adriano queria ir embora com os outros 2 ocupantes do carro. A defesa diz que Ricardo não queria permitir porque o motorista estava alterado e não tinha condições de dirigir.

Segundo o Ministério Público, a discussão terminou com 11 tiros disparados por Moon com a pistola automática dele. Dois disparos atingiram Adriano, que morreu no local. Um tiro acertou a perna de Vinícius Cauã Ortiz, na época com 17 anos, que estava no banco de trás.

Em depoimento, o acusado disse que disparou porque a caminhonete teria avançado sobre ele. Agnaldo Spinosa da Silva, de 51 anos, que estava no banco da frente, disse que o veículo teria avançado sobre o policial quando Adriano foi atingido e perdeu o controle. A caminhonete, que tinha câmbio automático, bateu em um poste a alguns metros do local.

O PRF aguarda o júri popular em liberdade desde agosto de 2017.