José Carlos Acevedo fez acusações contra a linha de investigação e afirma que crimes foram ordenados por ex-pistoleiro de Jorge Rafaat.

Prefeito de Pedro Juan diz que

O prefeito reeleito para comandar Pedro Juan Caballero pela quarta vez, José Carlos Acevedo, fez duros comentários contra a polícia paraguaia nesta sexta-feira (15). Ele disse que a acusação do narcotraficante Faustino Román Aguayo Cabañas, 44 anos, como mandante da chacina na fronteira de MS foi "orquestrada por policiais corruptos" para encobrir o verdadeiro responsável pela onda de violência. 

José Carlos Acevedo é irmão do governador de Amambay, Ronald Acevedo, e tio de Haylée Carolina Acevedo Yunis, de 21 anos, que foi morta na chacina. Além da sua sobrinha, morreram no ataque: Osmar Vicente Álvarez Grance, 29, o “Bebeto”, a mato-grossense Rhamye Jamilly Borges de Oliveira, 18, e a douradense Kaline Reinoso de Oliveira, 22. Eles foram executados quando saíam de uma festa.

O político paraguaio, durante entrevista à Rádio ABC Cardinal, apontou como mandante da chacina o pistoleiro Marcio Sánchez Giménez, o “Aguacate”. O criminoso é apontado como líder de grupo de matadores da Linha Internacional e era segurança do chefe do narcotráfico Jorge Rafaat Toumani, executado em Pedro Juan Caballero em 15 de junho de 2016.

“O verdadeiro mandante passeia pela cidade e a polícia não faz nada porque a 'fruta' — em referência ao “Aguacate” (que significa abacate) — suborna os oficiais. A polícia é corrupta”, afirmou o prefeito, ressaltando que Faustino Román Aguayo Cabañas está sendo usado para impedir que o verdadeiro mandante seja preso.

“Sim, há policiais corruptos e eles vão atirar para o outro lado. Por que não prendem ‘la fruta’? A polícia sabe onde está, onde é sua casa”, disse o prefeito, reafirmando que Sánchez Giménez circula livremente pela fronteira, acompanhado por três ou quatro caminhonetes Toyota lotadas de pistoleiros armados com fuzis.