Os preços da carne bovina voltaram a cair no atacado em virtude de os frigoríficos estarem com as câmaras frias lotadas.

Preços da carne voltam a cair; confira os destaques desta quinta-feira
A arroba passou de R$ 264 para R$ 262, na modalidade a prazo. / Foto: Reprodução

De acordo com a consultoria Safras & Mercado, os preços da carne bovina voltaram a cair no atacado em virtude de os frigoríficos estarem com as câmaras frias lotadas. Segundo a consultoria, as quedas são mais fortes no dianteiro e na ponta de agulha. No mercado físico, as cotações também recuaram e em São Paulo, capital, a arroba passou de R$ 264 para R$ 262, na modalidade a prazo.

Na B3, as cotações dos contratos futuros do boi gordo recuaram e praticamente anularam a forte alta do dia anterior em virtude da falta de avanço em relação à retomada das exportações para a China. O ajuste do vencimento para outubro passou de R$ 264,35 para R$ 259,25, do novembro foi de R$ 283,30 para R$ 272,05 e do dezembro foi de R$ 293,85 para R$ 287,90 por arroba.

Milho: indicador do Cepea perde patamar de R$ 88 por saca

O indicador do milho do Cepea, calculado com base nos preços praticados em Campinas (SP), recuou e ficou abaixo de R$ 88 por saca pela primeira vez desde junho. A cotação variou -0,87% em relação ao dia anterior e passou de R$ 88,27 para R$ 87,5 por saca. Portanto, no acumulado do ano, o indicador teve uma alta de 11,25%. Em 12 meses, os preços alcançaram 7,39% de valorização.

Na B3, a curva de contratos futuros do milho interrompeu a sequência de quedas e conseguiu se sustentar acima do patamar de R$ 87 por saca. O ajuste do vencimento para novembro foi de R$ 87,55 para R$ 87,79, do janeiro de 2022 passou de R$ 87,25 para R$ 87,55, do março foi de R$ 87,43 para R$ 87,67 e por fim, do maio saiu de R$ 84,27 para R$ 85,12 por saca.

Soja: saca tem leve alta

O indicador da soja do Cepea, calculado com base nos preços praticados no porto de Paranaguá (PR), teve um dia de preços mais altos. A cotação variou 0,12% em relação ao dia anterior e passou de R$ 171,58 para R$ 171,79 por saca. Desse modo, no acumulado do ano, o indicador teve uma alta de 11,62%. Em 12 meses, os preços alcançaram 3,13% de valorização.

Na bolsa de Chicago, as cotações dos contratos futuros da soja ficaram praticamente estáveis pelo segundo dia consecutivo, à medida que o contrato para janeiro ganha mais volume em relação ao para novembro. O vencimento para janeiro, o contrato com mais negócios no momento, subiu 0,18% na comparação diária e passou de US$ 12,474 para US$ 12,496 por bushel.

Café: preços caem no Brasil com tombo em Nova York

Segundo a Safras & Mercado, as cotações do café arábica recuaram no Brasil, seguindo o tombo em Nova York. No sul de Minas Gerais, o arábica bebida boa com 15% de catação passou de R$ 1.260/.1265 para R$ 1.230/1240, enquanto que no cerrado mineiro, o bebida dura com 15% de catação foi de R$ 1.265/1.270 para R$ 1.235/1.240 por saca.

Na bolsa de Nova York, as cotações do café arábica tiveram um dia de forte queda, que anulou os dois pregões anteriores de alta. Ainda assim, os preços seguraram-se acima do patamar de US$ 2,0 por libra-peso O vencimento para dezembro, o mais negociado atualmente, teve desvalorização de 3,24% na comparação diária e passou de US$ 2,0810 para US$ 2,0135 por libra-peso.

No exterior: bolsas fecham em queda após recordes

Após alguns dias renovando recordes, o S&P 500 e o Dow Jones fecharam em queda nos Estados Unidos. Por outro lado, o Nasdaq, índice de ações de empresas de tecnologia, teve um dia de leve alta após alguns resultados melhores que o esperado. O mercado repercutiu novas discussões em relação ao plano de infraestrutura do Governo de Joe Biden no Congresso.

Na agenda econômica, os pedidos de bens duráveis em setembro tiveram retração menor que a esperada nos EUA. No mês, houve uma queda de 0,4%, enquanto os analistas projetavam -1,1%. Hoje, quinta-feira, 28, os destaques são as divulgações dos pedidos de seguro desemprego e da primeira prévia do PIB norte-americano do terceiro trimestre.

No Brasil: Banco Central eleva taxa Selic para 7,75% ao ano

Na reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, os diretores decidiram, por unanimidade, elevar a taxa Selic para 7,75% ao ano. A decisão era esperada pelo mercado, mas desta vez estava bem dividida, sendo que alguns analistas esperavam alta maior e outros menor. O Copom sinalizou mais uma alta na mesma magnitude na próxima reunião em dezembro.

A dificuldade em votar a PEC dos precatórios e as especulações sobre a reunião do Copom fizeram com que o Ibovespa tivesse um dia de estabilidade. Dessa forma, o principal índice de ações da bolsa brasileira recuou 0,05% na comparação diária e ficou cotado aos 106.363 pontos. Enquanto isso, o dólar comercial teve desvalorização de 0,02% e passou de R$ 5,5734 para R$ 5,5721.