Nas últimas semanas, em Campo Grande, o preço do combustível voltou a cair e agora beira na casa dos R$ 3 por litro. Este preço, no início do mês anterior era praticado somente por estoquistas, conforme o Sinpetro-MS (Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo e Lubrificantes de Mato Grosso do Sul). No entanto, por conta da pressão das distribuidoras, o valor final ao consumidor diminuiu.


A auxiliar administrativo Regiane Soares, em entrevista à TV Morena, disse que passou em um posto de combustível e ficou surpreso com o preço na quinta-feira (13). “Passei aqui hoje e assustei”, disse. Já o estudante José Barbosa comentou que 'somente a concorrência é que está fazendo este preço baixar'.


Como a queda não era esperada por muitos consumidores, eles aproveitaram para encher o tanque. “Está começando a cair dentro da realidade”, disse o administrador Hiroshi Takeisa. O vendedor Gustavo Fernando de Carvalho complementou. “Baixou, mas ainda está caro, pois poderia baixar ainda mais”, afirmou.


Nas últimas semanas, na capital sul-mato-grossense, o preço chegou a quase R$ 3,80. Nesta quinta-feira (12), a fila é grande em muitos estabelecimentos do tipo. 


Conforme o economista Fernando Abrão, os empresários de postos possuem uma dinâmica dos seus estoques, já que parte compra a prazo e tem um custo maior de captação deste combustível. Outra parte compra a vista e então os empresários conseguem fazer um preço abaixo da conta.
Aumentos


No dia seis de novembro de 2014, a Petrobras anunciou o aumento do preço de venda nas refinarias da gasolina e do diesel. A alta da gasolina nas refinarias foi de 3% e do diesel, de 5%. Já no dia 14 do mesmo mês, conforme o Sinpetro/MS, uma publicação no Diário Oficial da União alterou a pauta dos combustíveis em todos os Estados a partir do dia 1º de dezembro.


Em Mato Grosso do Sul a gasolina, que era taxada em R$ 3,05, passou para R$ 3.1720. Já o diesel, que era taxado em R$ 2,30, passou para R$ 2.4610. Por conta disso, a gasolina e o diesel serão taxados, para efeito de recolhimento do ICMS, sobre os novos valores de pauta, o que encarecerá esses produtos. A gasolina terá reajuste, em média, de R$ 0,04 e o diesel de R$ 0,05, em média.

Tributação
O ministro da Fazenda, Joaquim Levy, anunciou em entrevistas recentes um pacote de quatro medidas fiscais que elevam a tributação, encarecem o custo do crédito e devem reduzir o consumo. A expectativa é de elevar a arrecadação em R$ 20,63 bilhões em 2015, em mais uma ação para buscar colocar as contas públicas em ordem e reconquistar a confiança dos agentes econômicos.


Entre as ações está a volta da cobrança da Cide (tributo regulador do preço de combustíveis, zerada desde 2012) e o aumento de PIS/Cofins sobre a gasolina e diesel. A expectativa do governo é arrecadar R$ 12,18 bilhões com esta medida em 2015.