Valor médio caiu de R$ 6,52 para R$ 6,41 e desconto em App compensa para quem dirige a trabalho.

Preço da gasolina cai R$ 0,11 e aplicativo promete litro a R$ 6,07
A média paga pelo litro caiu de R$ 6,52 para R$ 6,41, conforme levantamento da ANP. / Foto: Reprodução

Após o anúncio de redução no valor das refinarias, o preço médio da gasolina baixou em Campo Grande, nas últimas duas semanas. A média paga pelo litro caiu de R$ 6,52 para R$ 6,41, conforme levantamento da ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis) que esteve em 42 postos.

Quem é mais criterioso e faz pesquisa acha o combustível por até R$ 6,27. Outros recorrem a aplicativos, que prometem preços mais baixos e cashback, que é parte do dinheiro de volta para usar em futuras compras. Há quem consiga pagar até R$ 6,07 pelo litro, segundo o gerente do posto Ipiranga da Costa e Silva, Rachael Richelero.

Ele explica que o desconto não é para todo mundo e quem tem vantagem mesmo são os motoristas de aplicativo, que conseguem pagar até 5% a menos. Isso é porque o desconto é conforme a quantidade de quilômetros rodados.

“Cerca de 40% dos nossos clientes procuram pagar pelo aplicativo, porque há algumas vantagens, mas esse valor de R$ 6 não é todo mundo que consegue. Muitas pessoas preferem pagar pelo aplicativo porque aproveitam o cashback”, explica.

No fim das contas, cada um vê um tipo de vantagem em abastecer pelo aplicativo e muitos já tiveram sua experiência e não usam mais.

Motorista de aplicativo há dois anos, Sidney Ribeiro, de 43 anos, avalia que abastecer pagando pelo aplicativo não compensa, mas ainda assim usa o recurso.

“Não tem diferença no preço que faça compensar, mas abasteço pelo aplicativo porque assim consigo pagar no crédito, porém com valor de preço a vista. Ou seja, se eu fosse abastecer no crédito em posto de outra bandeira, pagaria mais por ser no crédito e no aplicativo tem esse desconto”, detalha o motorista, que roda pelas ruas da Capital de 12h a 15h por dia.

Abastecendo mais de R$ 600 em gasolina por semana, o motorista de aplicativo, Max Chimenez, de 36 anos, já desistiu de buscar preços menores em aplicativo. “Não uso mais porque dava muito problema, travava. Normalmente, procuro abastecer perto de casa”, diz.

“Está muito caro”, reclama o empresário Roberto Valério, de 56 anos, que não quer nem saber de aplicativo e paga no dinheiro.

A impressão dele é de que o preço nem baixou. Isso ocorre porque o preço médio caiu, mas há postos na cidade cobrando até R$ 6,83 na Capital, conforme apurado pela ANP. Sem falar que de janeiro a dezembro deste ano, o valor subiu 38,69%.

O menor preço encontrado pela ANP foi de R$ 6,27. Hoje, a reportagem encontrou o litro da gasolina por R$ 6,35 em posto Petrobras da Avenida Zahran e R$ 6,38, no Fic da Costa e Silva. Portanto, o que compensa mesmo é pesquisar para abastecer.