Inscritos ingressaram no programa no segundo semestre do ano passado e informaram que moram sozinhas. Para retomar os pagamentos, precisam comprovar a família unipessoal.

Por inconsistências, governo bloqueia 1,2 milhão de beneficiários do Bolsa Família
Cartão do programa Bolsa Família Senado Federal. / Foto: Wikimedia Commons

O Ministério do Desenvolvimento Social (MDS) bloqueou o cadastro de 1,2 milhão de beneficiários do Bolsa Família. A suspensão dos pagamentos para pessoas que declararam integrar famílias unipessoais (de uma pessoa só) começou nesta quarta-feira (12).

A medida faz parte da segunda etapa da Ação de Qualificação Cadastral, que começou há um mês, e verifica as inscrições no programa. Nesta fase, a pasta avaliou os cadastros de 4,9 milhões de pessoas inseridas no Cadastro-Único como famílias unipessoais no segundo semestre do ano passado.

O objetivo do MDS é avaliar inconsistências nos cadastros e se certificar que o cidadão mora sozinho de fato, e não com uma família. Assim, o ministério pretende evitar pagamentos duplicados. O governo diz que houve um aumento acentuado de registros de famílias unipessoais no ano passado, o que levantou suspeitas de fraudes.

Os beneficiários que foram alvo do bloqueio, mas têm direito ao benefício, precisam procurar o posto de atendimento do município para atualizar o cadastro. O prazo é de 60 dias.

Se o cidadão preencher os requisitos e comprovar que vive sozinho, volta a receber as parcelas, inclusive as que foram bloqueadas. Caso contrário, o cadastro será cancelado.

O Bolsa Família, retomado pelo atual governo, abrange a população com cada familiar de até um salário-mínimo (R$ 1.302).