Deputado federal disse que ministro do STF foi mais jurista que colegas, que são ‘eminentemente políticos’

Pollon diz que voto de Fux em julgamento de Bolsonaro foi ‘pingo de sanidade’
Deputado federal disse que ministro do STF foi mais jurista que colegas, que são ‘eminentemente políticos’ / Foto: Foto: Bruno Spada/Câmara dos Deputados

O deputado federal Marcos Pollon (PL/MS) elogiou o voto do ministro do STF (Supremo Tribunal Federal), Luiz Fux, durante o julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro e sete réus pela tentativa de golpe de Estado em 2023. Para ele, foi “um pingo de sanidade” na 2ª Turma da corte.

“Em meio a toda essa distopia que virou o Brasil, hoje vimos um pingo de sanidade com o voto do ministro Luiz Fux”, comentou nas redes sociais. Pollon relatou ter recebido mensagens de eleitores que compararam trechos do voto do magistrado com os discursos do deputado.

“Basicamente o que ele [Fux] está reproduzindo os adágios clássicos do Pacto de San José e, pasme, da Constituição Federal. O que eu replico nos meus discursos nada mais é da aplicação pura e simples do Direito decorrente de mais de 20 anos lecionando a matéria”, pontuou.

Para Pollon, Fux fez um voto técnico. “Luiz Fux, diferente dos outros [ministros] que são eminentemente políticos, se comportou como jurista”, concluiu.

Fux vota por absolver Bolsonaro; placar está em 2 a 1
Terceiro a votar no julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e de outros sete réus por tentativa de golpe de Estado, o ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Luiz Fux, divergiu do relator Alexandre de Moraes e de Flávio Dino e condenou apenas dois dos oito acusados. Mesmo assim, em apenas um dos cinco crimes imputados.

Além do ex-presidente, respondem ao processo Walter Braga Netto (ex-ministro da Defesa e Casa Civil), Augusto Heleno (ex-ministro do GSI), Alexandre Ramagem (deputado federal e ex-diretor da Abin), Anderson Torres (ex-ministro da Justiça), Paulo Sérgio Nogueira (ex-ministro da Defesa), Almir Garnier (ex-comandante da Marinha) e Mauro Cid (ex-ajudante de ordens de Bolsonaro). As únicas condenações de Fux foram a Cid e Braga Netto por tentativa de abolição do Estado Democrático de Direito.

Apesar do entendimento do ministro nas absolvições, o placar pela condenação de Bolsonaro e mais sete réus está 2 votos a 1. Os votos pela condenação foram proferidos na terça-feira (9) pelos ministros Alexandre de Moraes e Flávio Dino.

Faltam os votos dos ministros Cristiano Zanin e Cármen Lúcia, que serão proferidos na sessão desta quinta-feira (11), a partir das 14h.