Fase de testes precisa de aval da Anvisa para ser iniciado

Polilaminina: nova fase de tratamento inédito terá teste em SP
Fase de testes precisa de aval da Anvisa para ser iniciado / Foto: Ampola de do medicamento laminina, proteína extraída da placenta do corpo humano - Foto: Divulgação

Na última semana a ciência surpreendeu o Brasil e o mundo com a inédita descoberta da “cura” para a lesão na medula espinhal. Os pesquisadores brasileiros desenvolveram um medicamento para reverter traumas na lesão medular, a partir da polilaminina, uma proteína extraída da placenta do corpo humano.

A pesquisa iniciou há mais de 25 anos, e é liderado por Tatiana Sampaio, professora doutora da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro). Em 2021, o medicamento foi testado em seis cães lesionados, e quatro recuperaram os movimentos.

Já em casos humanos, o mais famoso é do bancário Bruno Drummond de Freitas, vitima de acidente em 2018 e teve lesão cervical grave. O bancário recebeu o medicamento logo após chegar no hospital, e já no primeiro mês conseguiu mexer o dedão do pé.A novidade é que falta pouco para iniciar os estudos clínicos da fase 1, com o aval da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) a próxima fase deve começar imediatamente. Segundo o órgão regulador, é preciso analises aprofundadas para seguir para próxima fase. Por meio de nota, a Anvisa afirmou que já iniciaram avaliações do medicamento, mas deve passar por mais etapas para que estudos clínicos avancem para as aplicações.

Na fase experimental foram realizados aplicações em cerca de 10 pacientes lesionados. Todos com diagnóstico de lesão neurológica completa grave, e foram submetidos a aplicação da proteína.

Dos dez pacientes, ao menos três tiveram resultados positivos, um deles é o caso do Bruno, de Hawanna Cruz, de 19 anos, que recuperou movimentos suficientes para fazer atividades diárias. Atualmente, a jovem está com 27 anos e é atleta paralímpica.

Segundo o vice-presidente de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação do Cristália, laboratório farmacêutico parceiro da UFRJ para estudos do medicamento, a expectativa é que os teste comecem rápido. O estudos devem ser realizados em São Paulo, na Santa Casa da capital.

*Informações de agência de notícia