Segundo testemunhas tiros foram feitos para o alto.

Policial penal preso com o irmão por atirar em bar e agredir mulher a soco é solto

Presos em flagrante, o policial penal de 50 anos e o irmão, de 44 anos, tiveram liberdade provisória concedida nesta segunda-feira (29). Eles passaram por audiência de custódia e foi dispensado pagamento de fiança para o homem de 44 anos, anteriormente arbitrada pelo delegado plantonista, mas que até então não tinha sido recolhida.

A prisão em flagrante foi feita pelo Batalhão de Choque, na noite de sábado (27) após confusão em um bar de Campo Grande. O estabelecimento transmitia a final da Libertadores e tinha sido reservado para a torcida do Flamengo. Já no fim da noite ocorreu a briga que também terminou com os disparos de arma de fogo.

Nesta segunda, foi determinada liberdade provisória dos acusados. O policial deverá cumprir recolhimento domiciliar noturno, das 20 às 6 horas, exceto para o trabalho, e também está proibido de frequentar bares, botecos, casas de jogo, prostíbulos e locais congêneres, onde há bebidas alcoólicas.

Tiros para o alto
Preso em flagrante junto com o irmão policial penal, de 50 anos, homem de 44 anos afirma que o agente atirou para cima ao ver um amigo levar um ‘mata-leão’ do segurança. Além do relato do irmão, outras testemunhas do bar também contaram que o policial teria atirado para cima, e não contra os seguranças, conforme informado inicialmente à polícia.

Mesmo assim, o caso segue em investigação como homicídio simples na forma tentada, até que a dinâmica dos fatos seja esclarecida. Equipes da Polícia Civil e Perícia foram ao bar e identificaram uma marca que seria de disparo de arma de fogo em um pilar, a 3 metros de altura.

O irmão do policial penal relatou que teria ocorrido uma confusão, quando um amigo deles foi até o segurança perguntar o que estava acontecendo e teria levado o golpe. Os dois irmãos foram presos em flagrante pelo porte ilegal de armas de fogo.

Briga e prisão
Segundo o Batalhão de Choque, equipe foi chamada após o homem se envolver em uma discussão e agredir uma mulher a socos, além de sacar uma pistola e atirar várias vezes contra a equipe de segurança do local. Para os militares, o homem revelou que era policial penal.

Com ele foi apreendida a pistola .380, com carregador municiado com 13 munições intactas e que ele alegou ser registrada em nome dele, mas não apresentou documentação. Também foi abordado o homem de 44 anos, que portava um revólver calibre 38, também municiado. Ele alegou que tinha registro da arma, mas que não estava com ele.

A mulher vítima das agressões contou que foi ferida com socos na boca pelo policial penal, além de um outro homem. A equipe de segurança ainda relatou que o suspeito passou a atirar, quando várias pessoas se jogaram no chão para não serem atingidas.

Os envolvidos foram presos em flagrante e encaminhados para a Depac (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário) Cepol. O caso foi registrado como lesão corporal, tentativa de homicídio e porte ilegal de arma de fogo.