Policial federal que matou jovem em boate no Acre é solto, diz família
Policial federal Victor Manuel Fernandes Campelo foi solto nesta segunda-feira (15) / Foto: Reprodução/Rede Amazônica Acre

O policial federal Victor Manuel Fernandes Campelo, de 23 anos, foi solto nesta segunda-feira (15), após 43 dias preso na sede da Polícia Federal em Rio Branco. A informação foi confirmada pelo irmão de Fernandes, o também policial federal Rafael Campelo.

O policial foi preso no dia 2 de julho depois de efetuar disparos dentro de uma boate da capital durante uma briga. Um dos tiros atingiu e causou a morte do estudante Rafael Frota, de 25 anos. Segundo o irmão dele, a Justiça do Acre acolheu o pedido de revogação da prisão preventiva feito pela defesa.

O irmão do policial disse ainda que o Campelo está com ele e os pais. “O motivo de todo fato é o prazer que o grupo agressor tem em arrumar confusão e espancar na covardia. Trata-se de uma brincadeira perigosa e que um dia provocaria uma tragédia”, disse ao comentar a decisão da Justiça.

Entenda o caso
Victor Campelo teria, segundo o irmão, sido agredido por um grupo de pessoas e puxado a arma enquanto estava no chão para afastar os agressores. Um dos tiros acertou Frota, que chegou a ser socorrido, mas não resistiu. Outro homem e o próprio policial também ficaram feridos.

Um dia depois do ocorrido, o policial federal foi encaminhado à audiência de custódia, onde a Justiça do Acre decidiu pela manutenção da prisão. O Tribunal da Justiça (TJ-AC) afirmou que o suspeito alegou legítima defesa, mas o argumento não convenceu o juiz. A PF-AC informou que Campelo está custodiado na sede do órgão.

Familiares de Frota fizeram um ato, no dia 21 de julho, no Centro da capital acreana para pedir justiça. O pai do jovem, Gutemberg Frota, disse que a iniciativa é uma tentativa de sensibilizar a sociedade para que crimes dessa natureza não fiquem impune.

Na noite de 26 de julho, a Polícia Civil reconstituiu a morte do estudante Rafael Frota, de 25 anos. Campelo, que segue preso na sede da Polícia Federal no Acre, a namorada dele, Lavínia Melo, de 19 anos e os jovens apontados como responsáveis pela confusão que teria motivado os tiros, retornaram à casa noturna, no bairro Aviário, para participar da simulação