Abuso e negligência sofrido pelo menino são investigados pela polícia

A Polícia Civil investiga possível abuso e negligência sofrido pelo irmão da bebê de 1 ano e nove meses, que faleceu após ser estuprada pelo pai, em Mato Grosso do Sul. A bebê faleceu na última quarta-feira (9) e o pai, de 28 anos, permanece preso.
O Jornal Midiamax não revelará a cidade onde aconteceu o crime, nem nomes, para preservar a vítima, seguindo as diretrizes do ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente).
Desde que o caso foi descoberto e a polícia deu início as investigações, o irmão da bebê, de 2 anos, foi acolhido pelo Conselho Tutelar. De acordo com o delegado Matheus Vital, que investiga o crime, o menino está em uma família acolhedora.
Além disso, é investigado eventual negligência e/ou abuso sofrido pelo irmão da bebê. O delegado também confirmou que a mãe das crianças está sendo investigada pela polícia.
Na última sexta-feira (11), um grupo de mulheres protestou em frente à casa da família da bebê. Em frente ao imóvel da família, as mulheres diziam ‘Assassina’ e pediam pela prisão da mãe da bebê. Um dos cartazes escritos por elas dizia: “Queremos ela presa”.
Diante dos ânimos exaltados entre o grupo de mulheres, a PM (Polícia Militar) esteve no local e retirou a mãe da bebê da residência, por questões de segurança.
Hospital identificou negligência 2 dias antes de bebê morrer
A bebê ficou alguns dias internada na Capital para tratar uma infecção em decorrência de uma traqueostomia. Na noite da última terça-feira (8), retornou ao município onde residia com a família e, no dia seguinte, faleceu após o estupro.
Em nota publicada nas redes sociais, a prefeitura da cidade no interior informou que, ainda no hospital de Campo Grande, a equipe observou indícios de negligência e acionou o Conselho Tutelar do município.
A nota explica que a família da bebê estava sendo acompanhada pela rede municipal desde janeiro do ano passado, quando foram observados problemas de saúde pelo hospital da cidade. Assim, o acompanhamento continuou até agosto de 2024, quando a família da bebê se mudou para outra cidade.
E conforme diz a prefeitura, somente no dia 18 de junho deste ano é que a Rede de Proteção à Criança e ao Adolescente foi informada sobre o retorno da família ao município.
Com o retorno, as equipes entraram em contato com a mãe, mas a mesma falou que já havia retomado o acompanhamento junto à rede municipal de saúde. Dias depois, a bebê foi internada.
“No dia 7 de julho, o Conselho Tutelar recebeu um ofício da unidade hospitalar de Campo Grande-MS, onde a criança se encontrava internada, apontando indícios de negligência. No entanto, àquela altura, não havia previsão de alta médica que possibilitasse uma intervenção imediata por parte da rede local”, descreve a nota.
Estupro
Segundo o registro policial, a PM (Polícia Militar) foi acionada para ir até o hospital da cidade com a informação de que havia uma criança sem vida em decorrência de ato violento e que o suspeito estaria na unidade.
Assim, os policiais foram até o hospital e receberam a informação de que o Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) encaminhou a bebê e a mãe até a unidade. Além disso, os socorristas tentaram reanimar a bebê, mas ela não resistiu.
Após a constatação do óbito, os socorristas teriam encontrado lesões na bebê, e a Polícia Civil passou a investigar o caso. O pai da bebê confirmou o ato e foi preso, sendo encaminhado para a delegacia da cidade.
Nota do hospital de Campo Grande
“A paciente foi internada em 28/06/2025 com infecção na traqueostomia, larvas, piolhos e pneumonia. Já usava traqueostomia e tinha histórico de dificuldade respiratória, convulsões e choque.
Durante a internação, ficou estável, respirando bem, comendo normalmente e sem febre após o início do tratamento. No dia 30/06/2025, passou por uma cirurgia para retirar as larvas e trocar a cânula da traqueostomia por causa de um estreitamento na traqueia.”
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