Cela do detento foi alvo de operação no último fim de semana para investigações sobre tiroteio que terminou com dois mortos

A Polícia Nacional encontrou um aparelho celular com Bruno Barros da Silva na Penitenciária Regional de San Pedro, no Paraguai, durante uma operação no último fim de semana. Bruno é brasileiro e está preso no estado vizinho, onde é tratado como suspeito de envolvimento no tiroteio que terminou com a morte de dois criminosos na última terça-feira (15).
Durante o tiroteio ocorrido na cidade de Capitán Bado, Alexi Javier Escurra Rodrigues, de 25 anos, e Sebastian Gonzalez Espínola, de 37, morreram. Os dois acumulavam uma extensa ficha criminal, sendo que um deles era sobrinho de um traficante conhecido na região.
No dia seguinte, Javier Contrera Pavón foi preso por suspeita de envolvimento no crime. Ele disse que viu as notícias sobre o tiroteio e decidiu ir até a delegacia para se apresentar. Já na delegacia, ele revelou que é o antigo proprietário de uma picape envolvida no tiroteio, pois falou que vendeu o veículo a uma pessoa.
Assim, as investigações continuaram e a Polícia Nacional, juntamente com a 4ª Delegacia de Polícia de Capitán Bado, deflagraram uma operação na cela de Bruno — atualmente preso por tráfico de drogas.
De acordo com o site local, ABC Color, com o detento, foi encontrado um aparelho celular que teria sido usado para intermediar o veículo usado pelos autores durante o tiroteio. A polícia suspeita que o aparelho tenha sido usado para se comunicar com diversas pessoas, entre elas, o paraguaio Javier Contrera. O brasileiro teria contratado Javier para negociar o veículo.
Além do celular, os policiais encontraram um caderno com anotações, mas o conteúdo não foi revelado.
Prisões ligadas a tiroteio revelam esquema de roubo de veículos
A investigação do tiroteio ganhou novos contornos com a prisão de Javier e Celeida Acosta Segovia, de 43 anos, na última semana. Isso porque Javier foi detido por estar em posse de um Mercedes-Benz blindado, com registro de roubo no Brasil. O veículo, que teria sido usado no ataque, foi encontrado incendiado.
Já na residência de Celeida, a polícia apreendeu um Mercedes-Benz branco e um VW Saveiro prata, ambos com queixa de roubo no Brasil. O Mercedes-Benz cinza blindado usado no tiroteio foi encontrado na área invadida como garantia.
Homens mortos em tiroteio acumulavam extensa ficha criminal
Testemunhas relataram que pelo menos dez homens armados chegaram ao município e efetuaram os disparos de arma de fogo. Na ocasião, Alexi e Sebastian tentaram fugir, mas foram atingidos e morreram.
Além da morte dos criminosos, dois veículos com placas brasileiras foram incendiados durante o tiroteio.
Informações obtidas pelo Jornal Midiamax são de que Alexi estava foragido da Justiça, pois estava com mandados de prisão por extorsão e tráfico de drogas. Ele já foi condenado por homicídio e era sobrinho de Felipe “Barón” Escurra, traficante conhecido na região de Capitán Bado, também foragido da Justiça.
Sebastian também estava foragido do regime semiaberto. Ele estava com mandados de prisão em aberto por homicídio, extorsão e tráfico de drogas.
‘Barón’ foi preso no Paraguai em 2016
Segundo o site paraguaio ABC Color, Alexi seria sobrinho de Felipe “Barón” Escurra, traficante conhecido em Capitán Bado. Em agosto de 2016, o Jornal Midiamax noticiou a prisão de “Barón”, no Paraguai.
No dia 19 de agosto daquele ano, “Barón” era considerado o chefe do tráfico de drogas no departamento de Amambay. Ele foi preso pela Senad (Secretaria Nacional Antidrogas) do Paraguai, com pelo menos cinco fuzis, uma escopeta e munições, após confronto em Capitán Bado.
Também, naquela época, “Barón” acumulava passagens por sequestro e homicídio. Junto dele, foram presos Rony Daniel Escurra, Eder Rafael Escurra, Washington Fernando Caetano e Bartolo Rolón. No entanto, atualmente, “Barón” está foragido.
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