Elcindo Alexandre Neto morreu no dia 11 de outubro de 2019, em Dourados, após ser atingido por tiros de armas “não letais”.

Polícia e MPMS reconstitui morte provocada por ação da Guarda em cidade de MS

Um crime ocorrido em 11 de outubro de 2019 movimentou novamente um bairro de Dourados, cidade distante 225 quilômetros de Campo Grande.  Na manhã desta quarta-feira (11), agentes Polícia Civil e especialistas da Promotoria de Justiça da cidade foram às ruas a Vila Cachoeirinha para reconstitui o caso que resultou na morte de Elcindo Alexandre Neto, de anos.

Elcindo morreu no bairro onde morava, na Vila Cachoeirinha, atingido por tiros de armas consideradas “não letais” que foram disparadas por agentes da Guarda Municipal de Dourados, que foram acionados para fazer a sua prisão, após ser denunciado por prática de incêndio em um terreno baldio.

Na época a morte de Elcindo foi registrada como homicídio provocado por intervenção policial e segundo o delegado Anézio Rosa de Andrade, que acompanhou a reconstituição juntamente com a promotora de Justiça Cláudia Loureiro Ocariz Almirão, a ação é “relativamente comum e em inquéritos policiais mais complexos” e objetiva esclarecer eventuais divergências.

Entenda o caso

No dia 11 de outubro, a Guarda Municipal de Dourados recebeu denúncia de moradores que havia um incêndio criminoso em um terreno na região do parque Rego D’Água, na Vila Cachoeirinha e que o acusado tinha fugido.

Após ser perseguido, Maninho, como era conhecido, foi perseguido pelos agentes e acabou entrando em uma residência, de onde saiu armado com uma tesoura e investiu contra a guarnição, momento que um dos guardas efetuou um disparo de choque na tentativa de conte-lo, mas ele conseguiu se livrar e continuou fugindo.

Segundo o boletim de ocorrência da época, os guardas então efetuaram tiros com balas de plástico (polietileno), sendo que um deles atingiu a barriga de Elcindo, que sofreu hemorragia. Uma guarnição do Corpo de Bombeiros chegou a ser acionada, mas a vítima não resistiu.