A Polícia Civil montou uma espécie de força-tarefa para retirada de cerca de 130 galinhas que eram criadas e comercializadas indevidamente em uma casa na Vila Jaci, em Campo Grande. A dona do local chegou a passar mal aos ver as aves sendo retiradas, tendo de ser socorrida pelo Corpo de Bombeiros.

Segundo o delegado Wilton Vilas Boas, da Decat (Delegacia Especializada de Repressão a Crimes Ambientais e Proteção ao Turista), um inquérito foi aberto no começo deste ano para investigar a situação. Ele diz que a atividade não caracteriza crime, mas é irregular na zona urbana, sendo necessária a retirada das galinhas.

Para a remoção, a polícia obteve uma ordem judicial e contou com apoio da Vigilância Sanitária, CCZ (Centro de Controle de Zoonoses) e Seintrha (Secretaria Municipal de Infraestrutura, Transporte e Habitação). Vilas Boas diz que o problema era antigo no local, gerando denúncias por parte de vizinhos.

“Não acho que deveria ser proibido, desde que tivesse estrutura, porque ali acumulava muito lixo, atraindo ratos e outros insetos”, confirma o comerciante Joseano da Silva, 26 anos, vizinho do local. Larvas do mosquito Aedes aegypti foram encontrados no imóvel, onde até a conclusão deste texto entulhos ainda eram retirados e colocados em um caminhão.

A responsável pela criação das galinhas, identificada como Maria Marlin Reinoso, de 58 anos, passou mal durante a ação policial. Uma equipe do Corpo de Bombeiros foi chamada e a levou para um hospital.
Antes disso, a mulher, aparentando muito nervosismo, reclamava que a situação era uma injustiça e que ela deveria ter sido avisada antes. O delegado disse ter notificado a mulher em outra ocasião sobre a irregularidade.

Segundo Vilas Boas, as galinhas foram levadas para o CCZ. A reportagem confirmou a presença de ratos e ratasanas no local onde as aves ficavam.