Suspeita é que nova vítima encontrada tenha sido morta a tiros e polícia não descarta que local seria usado por facção criminosa.
Mais uma ossada humana foi encontrada no 'cemitério' do bairro Santa Eugênio, em Campo Grande, nesta quarta-feira (14). A Polícia Civil, através de diligências da DEH (Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes de Homicídios), contou com a ajuda de um aparelho de mapeamento capaz de identificar os possíveis locais de enterro dos corpos.
O delegado Carlos Delano está a frente das investigações e não descarta que o cemitério possa ter sido utilizado por membros de facções criminosas para desovar os cadáveres e tentar ocultar os crimes.
"É possível sim, não excluímos essa hipótese. Considerando o local onde os cadáver estavam enterrados, as condições como tudo aqui estavam, a investigação pode revelar, e nós consideramos essa hipótese, que as mortes estão ligadas e vinculadas as facções criminosas", indagou.
Em relação ao aparelho disponibilizado pela UFMS (Universidade de Mato Grosso do Sul), o cadáver foi encontrado aproximadamente 50 metros do primeiro, descoberto no dia 5 deste mês, onde uma ossada adulta foi encontrada, mas que ainda dependem do resultado de DNA para descobrirem a identidade da vítima.
Mas, conforme detalhes esclarecidos pelo delegado, essa primeira ossada é de um homem que morreu com uma pedrada ou possivelmente pauladas, mas que os exames periciais vão determinar mais afundo a circunstância da morte. Em relação ao segundo cadáver encontrado nesta quarta, a suspeita é que ele tenha sido assassinado a tiros.
Tudo isso foi possível com a ajuda do aparelho de mapeamento chefiado por Cícero Calisto, Perito Criminal do Instituto de Criminalística. Segundo Delano, a aparelhagem foi incisiva ao mostrar exatamente onde estava o corpo que estava enterrado.
"Ele apontou locais onde poderia haver e um desses locais precisamente nós encontramos esse cadáver hoje. A evidência é de que tenha uma marca no crânio de uma lesão provocada por projétil de arma de fogo, então tenha possivelmente sido essa a causa da morte. Foi achado um projétil de arma de fogo também e vai haver exames periciais que vão poder esclarecer sexo desse cadáver e isso vai nos auxiliar também e vai embasar nas diligências de campo que faremos para tentar evidenciar quais são as circunstância dessa morte".
Estudo com aparelho
O perito Cícero explicou que o método usado para encontrar esse cadáver aconteceu através da condutividade elétrica do solo, possível com a liberação de necrochorume que infiltrou no solo e aumentou a possibilidade de percepção do aparelho, medido justamente por conta dessa condutividade elétrica liberada pelo líquido.
"Esse método trata-se de um método eletromagnético indutivo e é baseado na condutividade elétrica do solo. Então quando nós temos uma situação com cadáver que se encontra enterrado, ele libera uma quantidade de necrochorume e ao infiltrar no solo, aumenta a salinidade do solo e aumentando ele, aumenta a condutividade elétrica do solo. Então é justamente isso que é medida através equipamento".
O método tende a ser levado definitivamente para a Perícia Criminal de Mato Grosso do Sul, após a comprovação de que a liberação do necrochorume e a condutividade elétrica do solo são medidas pelo aparelho e por isso, há uma comprovação de que o método torna-se eficaz nas buscas por corpos enterrados.
Não é a primeira vez que o aparelho é utilizado, essencial para buscas de corpos que vitimados pelo criminoso Nando, no Danúbio Azul.
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