Gay assumido, o soldado passou a ser vítima de homofobia após divulgação pelo WhatsApp de vídeo no qual aparece fardado beijando outro homem na boca no Metrô de São Paulo.

Policiais militares e civis, delegados, bombeiros, agentes penitenciários, e integrantes das Forças Armadas e da área de segurança pública LGBTs de todo o país fizeram manifestação de apoio nas redes sociais ao PM Leandro Prior, de 27 anos.
Gay assumido, o soldado passou a ser vítima de homofobia após divulgação pelo WhatsApp de vídeo no qual aparece fardado beijando outro homem na boca no Metrô de São Paulo.
A gravação feita no mês passado não foi consentida por Prior. Mas a divulgação das imagens viralizaram, e o policial recebeu ameaças pela internet, inclusive de morte. Algumas das ofensas foram feitas até por colegas de farda.
A PM e a Polícia Civil de São Paulo apuram o caso e tentam identificar os autores para puni-los administrativamente e criminalmente. Devido à repercussão, o soldado ficou abalado psicologicamente e está afastado do trabalho para tratamento médico.
Mas há quem se sensibilize com a história de Prior. É o caso dos integrantes da Rede Nacional de Operadores de Segurança Pública LGBT (RenospLGBT), criada em 2010 e que conta com mais de 60 participantes em todo o Brasil. Os membros do grupo, que são gays, lésbicas e transexuais, começaram no Instagram uma campanha em apoio ao soldado de São Paulo.
Em entrevista nesta sexta-feira (13) ao G1, o agente penitenciário de São Paulo Breno Agnes, um dos integrantes do movimento, disse que o objetivo é demonstrar publicamente que os profissionais são "orgulhosamente gays", além de "oferecer solidariedade ao Prior, porque já experimentamos situações parecidas".
A ideia é a de que essas imagens de policiais, militares e agentes gays fardados ajudem também a combater a homofobia nas corporações.
No Instagram, há imagens de diversos integrantes da rede apoiando Prior, como bombeiros de Rio Grande do Sul e Rio de Janeiro, um delegado fluminense, um policial civil do Mato Grosso, agentes penitenciários de São Paulo e da Bahia, PMs do Distrito Federal e Minas Gerais, dentre outros.
Um dos integrantes da campanha, um PM de Minas Gerais, escreveu: “Orgulhosamente Policial Militar, orgulhosamente Gay! #SomosTodosSDPrior #lgbt #stophomophobia”.
Segundo Agnes, a RenospLGBT “tem como objetivo não só lutar contra a homofobia, mas trabalhar para uma segurança pública que atenda a diversidade”.
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