Sara é alvo de investigação por atos antidemocráticos, como manifestações por intervenção militar e pelo fechamento do STF.

PF prende em Brasília ativista Sara Winter
Sara Winter é líder do grupo 300 do Brasil. / Foto: Cristiano Mariz/VEJA

A Polícia Federal (PF) prendeu na manhã desta segunda-feira (15) a ativista Sara Winter, em Brasília (DF). Segundo a CNN Brasil, o pedido de prisão, aceito pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, foi feito pela Procuradoria-Geral da República (PGR).

Mandados estão sendo cumpridos também contra cinco membros do grupo “300 do Brasil”, que Sara lidera. Ela foi levada para a superintendência da PF na capital federal.

A investigação foi aberta em maio pelo chefe do Ministério Público Federal (MPF), o procurador-geral Augusto Aras, para apurar quem financia e organiza manifestações antidemocráticas, que pedem intervenção militar e contra autoridades do Congresso Nacional e do STF.

O grupo de Sara é um dos alvos do inquérito. As manifestações pedindo o fechamento de instituições democráticas se intensificaram em março, conforme o jornal Correio Braziliense. Com várias faixas pedindo medidas políticas semelhantes ao Ato Institucional Número 5 da ditadura militar e o ataque direto aos poderes constituídos, o presidente da República, Jair Bolsonaro marcou presença nos eventos.  

FAKE NEWS

Sara também é alvo do chamado inquérito das fake news, do STF. A investigação também apura ataques a ministros do STF, do qual Moraes é relator na Corte. No dia 27 de maio, ela afirmou, por meio do perfil que mantém no Twitter, que os agentes da PF estiveram na casa dela. Nesta data, a corporação cumpriu mandados por ordem da corte no âmbito desse inquérito.

Na ocasião, a militante chamou o ministro Alexandre de Moares de covarde e disse que ele não a calaria. “Levaram meu celular e notebook. Estou praticamente incomunicável”, escreveu na conta que mantém na rede social.