PF deflagra operação para desarticular quadrilha especializada em contrabando
Segundo informações da Polícia Federal, o grupo criminoso é composto por brasileiros, bolivianos e equatorianos. / Foto: Divulgação Polícia Federa

Com o objetivo de desarticular associação criminosa especializada nos delitos de contrabando e descaminho, a Polícia Federal deflagrou na manhã desta quinta-feira (3) a Operação Trapos nas cidades de Corumbá, Dourados e Campo Grande. Foram disponibilizados 110 policiais federais e servidores da Receita Federal que atuam em Mato Grosso do Sul e também em várias cidades do estado de São Paulo.

Os policiais cumprem 12 mandados de prisão preventiva, 15 mandados de condução coercitiva e 21 mandados de busca e apreensão. Segundo informações da Polícia Federal, o grupo criminoso é composto por brasileiros, bolivianos e equatorianos, sediados principalmente nos municípios de Corumbá e Birigui (SP).

A quadrilha é especializada na importação, de forma clandestina, de mercadorias da Bolívia, contando com a facilitação de um servidor da Receita Federal, destinadas à comercialização em outras cidades dos Estados de Mato Grosso do Sul e de São Paulo.

Os investigados foram indiciados pela prática dos delitos de associação criminosa, contrabando, descaminho, facilitação ao contrabando descaminho, prevaricação, corrupção ativa, falsidade ideológica e tráfico internacional de animais.

Durante as investigações, a PF contou com a colaboração da Inspetoria da Receita Federal em Corumbá, foram realizadas oito prisões em flagrante e apreendidas aproximadamente 20 toneladas em mercadorias descaminhadas ou contrabandeadas, cujo valor foi estimado em cerca de R$ 1,750 milhão, bem como mais de 700 pássaros silvestres de origem peruana.

Além dos referidos mandados, foi determinada a suspensão das atividades de uma empresa transportadora, sediada em Corumbá, e a suspensão do exercício das funções públicas de um servidor da Receita Federal, todos expedidos pelo juízo da 1ª Vara Federal do município.

A Operação Policial teve início no final do ano de 2014, recebendo a nomenclatura Trapos em alusão às mercadorias importadas clandestinamente pelos investigados, notadamente peças de vestuário.