Empresas interessadas em disputar a finalização da obra tem que mandar a cotação até novembro

A entrega final da UFN3 (Unidade de Fertilizantes Nitrogenados 3), fábrica localizada em Três Lagoas cuja construção iniciou em 2011 e está paralisada desde 2014 com 81% da estrutura concluída, é tratada com prioridade pela diretoria da Petrobrás. É o que afirma o o secretário estadual da Semadesc (Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação), Jaime Verruck.
Para garantir a conclusão, o restante do empreendimento será ‘fatiado’ em sete etapas.
Em reunião na segunda-feira, 01, com a presidente da Petrobrás Magda Chambriard, Verruck voltou a Mato Grosso do Sul com otimismo para que até o primeiro semestre de 2026 a fábrica tenha sua estrutura concluída.
O secretário detalhou durante agenda nesta manhã, que reuniu autoridades para Roda de Negócios Brasil-Chile na sede da Fiems (Federação das Indústrias MS), que as empresas interessadas em disputar a finalização da obra tem que mandar a cotação até novembro. A medida é essencial para que as obras iniciem no primeiro semestre.
Autoridades reuniram-se na sede da Fiems nesta manhã para rodada de negócios entre Brasil e Paraguai Foto: Henrique Arakaki, Midiamax
Obras da UFN3 mexeram com a região
Em novembro de 2014, Três Lagoas vivia tempos sombrios, com a paralisação das obras da UFN3 e dívida de R$ 36 milhões, na época, com empresários locais. Dez anos depois, a Petrobras anuncia a retomada das obras paradas com 80% da indústria pronta e anima empresários novamente.
Os últimos 10 anos foram de desafios para a população de Três Lagoas; apesar dos investimentos privados e da consolidação da cadeia da celulose, muitos amargaram dívidas milionárias deixadas pela fábrica de fertilizantes. Atualizados, os valores chegariam em torno de R$ 150 milhões em 2024.
Apesar do passado, a notícia da retomada das obras e dos investimentos estimados em R$ 3,5 bilhões é vista com bons olhos pelos empresários de Três Lagoas.
“De modo geral, a notícia é muito boa. Até hoje, essa é a notícia mais sólida que tivemos e estamos confiantes na retomada”, afirma o presidente da Aliança de Entidades de Três Lagoas, Fernando Jurado.
O projeto da UFN3 prevê a produção anual de cerca de 1,2 milhão de toneladas de ureia e 70 mil de toneladas de amônia. Conforme a Petrobras, os contratos de retomada da obra ainda serão assinados, e o início de operação está previsto para 2028.
Olá, deixe seu comentário!Logar-se!