Levantamento também afirma 89% acham que o País não tem condições financeiras de arcam com o acréscimo.

Pesquisa aponta que 89,4% são contra reajuste salarial dos ministros do STF
Plenário do Senado, em Brasília. / Foto: Roque de Sá/Agência Senado

Levantamento do Instituto Paraná Pesquisa aponta que 89,4% consideraram o aumento salarial dos ministros do STF (Supremo Tribunal Federal) injusto. A remuneração deles era R$ 33,7 mil e o acréscimo aprovado é de R$ 39,2 mil.

Apenas 8,1% acharam que o acréscimo foi justo e 2,5% não souberam ou não responderam. Os consultados também tiveram de responder sobre o momento que tal reajuste ocorreu.

No total, 91,1% acharam que os senadores deveriam ter esperado que o presidente eleito, Jair Bolsonaro (PSL), assumisse o cargo para votar tal aumento. Outros 6,2% consideram que a medida veio no momento certo, enquanto 2,7% disseram não saber ou não responderam.

Para 89%, o Brasil não tem condições financeiras de arcar com este aumento e 7,8% palpitam que o caixa financeiro do governo federal tem, sim, como pagar. 3,1% não sabem ou não responderam. A pergunta foi: "pelo o que o sr(a) sabe ou ouviu falar, o Brasil tem condições financeiras de arcar com esse aumento de salário dos ministros do STF?".

Segundo o Instituto, o objetivo da pesquisa foi avaliar a percepção do brasileiro sobre o aumento. O levantamento foi online entre 9 e 11 de novembro e consultou 2.008 brasileiros com 16 anos ou mais em 170 cidades de 26 estados, além do Distrito Federal. O grau de confiança é de 95% e a margem estimada de erro é de 2% para os resultados gerais.

Parado desde 2016, o projeto de reajuste salarial dos ministros foi aprovado semana passada no Senado. O acréscimo representa 16%. A medida, no entanto, ainda precisa ser sancionada pelo presidente da República, Michel Temer (MDB).