Índice de Confiança dos comerciantes de Campo Grande ficou em 98,1 pontos neste mês, após uma ligeira alta em julho, segundo a CNC

O ICEC (Índice de Confiança do Empresário do Comércio) de Campo Grande voltou à zona negativa em agosto, após uma ligeira alta no mês anterior. Para a CNC (Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo), responsável pela pesquisa, isso indica pessimismo e cautela entre os comerciantes da Capital.
Neste mês, o indicador ficou em 98,1 pontos, uma queda de 2,2% com relação a julho, quando o ICEC era de 100,3. Segundo a CNC, números acima de 100 pontos indicam otimismo no setor comercial e abaixo, pessimismo. Entre agosto de 2024 e fevereiro de 2025, o índice oscilou entre valores positivos. Nos meses seguintes, o valor ficou abaixo de 100 até julho.
O estudo da CNC entrevistou empresários de estabelecimentos de diferentes portes. Entre as empresas grandes, com mais de 50 empregados, o cenário é de otimismo. Neste caso, o ICEC de agosto somou 102,3. Já as empresas pequenas, com menos de 50 funcionários, tem 98 pontos, puxando o pessimismo de todo o setor.
Condições e expectativas
Sobre as condições atuais da economia do Brasil, 48,2% dos comerciantes afirmam que “piorou muito”. Outros 32,4% dizem que “piorou um pouco”. A situação é muito melhor para apenas 3,4% e um pouco para 15,9%. Ou seja, para oito em cada dez comerciantes de Mato Grosso do Sul, a economia do País piorou. Já as condições do setor de comércio pioraram para 70,1% dos entrevistados e da própria empresa, para 53,5%.
No entanto, a maioria dos comerciantes (56,7%) projeta melhorias para o futuro do Brasil. Conforme a CNC, 34,6% dizem que a economia do País vai “melhorar um pouco” e 22,1% esperam que ela vai “melhorar muito”. Por outro lado, a expectativa é muito negativa para 25,6% e um pouco para 17,7%. Vale observar que, entre as empresas grandes, 55,8% tem expectativa negativa neste quesito, mas entre as menores, 57% estão otimistas.
O otimismo é ainda maior com relação às expectativas para o setor do comércio. Para 67,8%, a situação do setor vai melhorar e 82,2% esperam que a situação econômica da própria empresa deve melhorar. As expectativas também são altas quanto à contratação: 50,2% dizem que o número de funcionários pode aumentar um pouco e 12,2%, muito. Outros 30,1% esperam reduzir um pouco o quadro e 7,5%, diminuir muito.
Ainda assim, 54,3% dos empresários do comércio da Capital dizem que o nível de investimentos da empresa deve cair no futuro e apenas 45,7% apontam perspectiva de aumento. Porém, este número é puxado pelas pequenas empresas, já que o índice delas é 95, frente a 101,2 entre os comércios de porte grande.
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