De acordo com o Nepes, foi a segunda taxa mais baixa de 2019, a menor foi de agosto, que também fechou negativa em 0,25%.

Pelo segundo mês consecutivo, inflação ficou negativa em Campo Grande, aponta Nepes
Tomate foi produto do grupo alimentação que registrou a maior queda de preços em setembro. / Foto: Reprodução/TV Morena

Campo Grande registrou em setembro uma inflação negativa, ou seja, queda de preços, de produtos e serviços de 0,06%. O percentual é do Índice de Preços ao Consumidor (IPC/CG), divulgado pelo Núcleo de Estudos e Pesquisas Econômicas e Sociais (Nepes), da Uniderp.

De acordo com o Nepes, foi a segunda taxa mais baixa de 2019, a menor foi de agosto, que também fechou negativa em 0,25%. No ano o acumulado chegou em alta de 2,31% e nos últimos 12 meses também em elevação de 3,64%.
Nos nove primeiros meses de 2019, o acumulado recuou de 2,37% (até agosto) para 2,31%. Levando em consideração os últimos doze meses, o acumulado também caiu de 3,64% (até agosto) para 3,15%.

“Essa deflação, apesar de pequena, serve como sinal de alerta, pois, já são duas deflações consecutivas, mostrando que a economia precisa acelerar para que o consumo seja retomado. Percebemos que os consumidores estão preocupados em economizar, inclusive, com a alimentação,” explica o coordenador do Nepes, Celso Correia de Souza.

Dos sete grupos que compõem o IPC/CG, três registraram deflação, puxando o indicador econômico para baixo. A alimentação foi o grupo com maior impacto em setembro, pois possui o segundo maior peso no cálculo do indicador mensal. Seu índice foi -0,56%. Além dela, os grupos Vestuário (-0,84%) e Educação (-0,13%) colaboraram para o resultado negativo.

Entre os produtos do grupo alimentação o item que registrou a maior queda de preços em setembro oi o tomate, 30,08%.

“Os índices de inflação dos grupos Transportes, Saúde, Despesas Pessoais e Habitação ajudaram a segurar o ritmo de queda da inflação, pois registraram indicadores positivos para setembro”, comenta Souza.

Os dez "vilões" da inflação, em setembro:

Contrafilé, com inflação de 6,50% e contribuição de 0,06%
Automóvel, com inflação de 1,65% e contribuição de 0,04%
Exame de laboratório, com inflação de 3,25% e participação de 0,4%
Diesel, com variação de 1,13% e colaboração de 0,03%
Acém, com acréscimo de 3,00% e contribuição de 0,02%
Alcatra, com variação de 1,67% e colaboração de 0,02%
Gás de botijão, com acréscimo de 0,76% e contribuição de 0,02%
Gasolina, com reajuste de 0,46% e participação de 0,02%
Paleta, com elevação de 5,86% e colaboração de 0,02%
Blusa, com aumento de 1,85% e participação de 0,02%

Já os dez itens que auxiliaram a reter a inflação:

Tomate, com deflação de -30,08 e contribuição de -0,07%
Batata, com redução de -13,28% e colaboração de -0,04%
Lingerie, com diminuição de -8,43% e participação de -0,03%
Repolho, com decréscimo de -38,69% e contribuição de -0,03%
Camisa masculina, com baixa de -5,73% e colaboração de -0,03%
Cenoura, com diminuição de -25,02% e participação de -0,02%
Mamão, com redução de -25,22% e contribuição de -0,02%
Maça, com decréscimo de -12,20% e colaboração de -0,02%
Cebola, com queda de -17,36% e participação de -0,02%
Alface, com baixa de -8,47% e contribuição de -0,02%