Paralisação dos caminhoneiros chega a MS e atinge dois pontos na Capital
Protesto durou mais de dez dias em março. / Foto: Marcos Ermínio

Caminhoneiros retomaram nesta manhã a paralisação que reivindica a criação da tabela de frete e outras melhorias para o setor. Em Campo Grande, os condutores se concentram na BR-163, saída para São Paulo, segundo a PRF (Polícia Rodoviária Federal), que segue para os locais de protesto.

Os manifestantes ainda não fizeram bloqueio, apenas se reúnem no acostamento, conforme a polícia. A paralisação ocorre também na BR-163, no km 466, na saída para Cuiabá, de acordo CCR MSVia, concessionária responsável pela rodovia.

A primeira paralisação, há mais de um mês, teve fim depois de mais de dez dias com o início de negociações. Em reunião com o Governo Federal na quarta-feira (22), os representantes da classe não entraram em acordo quanto ao estabelecimento da tabela de frete e novas paralisações já ocorrem em outros Estados do país.

O governo rejeitou a criação do frete mínimo e, segundo a Agência Brasil, ao ouvirem a posição, os caminhoneiros abandonaram a reunião, protestando e gritando: “O Brasil vai parar!”. Em MS, eles querem também a redução da alíquota do ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviço) do óleo diesel, de 17% para 12%.

Há algumas semanas, o Governador Reinaldo Azambuja (PSDB) disse que aguardava um estudo do Sinpetro (Sindicato do Comércio Varejista de Combustíveis, Lubrificantes e Lojas de Conveniência de Mato Grosso do Sul) para então definir a redução do imposto. Segundo ele, não será possível baixar para 12%, mas haverá reajuste.

Ontem (23), transportadores do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná e Mato Grosso cruzaram os braços em protesto. Dessa vez, os movimentos contra o governo Dilma Rousseff (PT), prometem auxiliar as manifestações dos caminhoneiros. Dois protestos já foram feitos no país, pedindo a saída da presidente do poder e outras reivindicações.