Monumento da Maria Fumaça, que foi depredado em 2019, será coberto com tapume.

Para evitar vandalismo, Rua 14 de Julho terá reforço na segurança

A recém-inaugurada reforma da Rua 14 de Julho – em Campo Grande – receberá maior atenção durante os cinco dias do Carnaval deste ano. Para evitar depredações no local, uma equipe da Guarda Civil Metropolitana será colocada a cada 100 metros da via para fazer a fiscalização, segundo o titular da Secretaria Municipal de Segurança e Defesa Pessoal (Sesdes), Valério Azambuja.

Além disso, o monitoramento também será feito por meio das 17 câmeras instaladas na rua e que enviam imagens ao vivo para o Centro de Operação da Guarda e a Base Preventiva Ostensiva, que foi instalada em dezembro de 2019, dentro da Praça Ary Coelho. No local atuam 12 agentes fixos em escala de plantão recebendo as imagens em tempo real. Com isso, o tempo de resposta para eventos na região central é de um até três minutos.

A preocupação com a rua se dá por conta da festa, que é realizada na região da Esplanada Ferroviária, que termina às 23h. Como ao mesmo tempo também haverá shows na Avenida Fernando Corrêa da Costa, a previsão é de que ao fim dos blocos de rua, alguns foliões se dirijam para a avenida, já que a festa por lá só termina por volta das 3h.

“Esse pessoal saindo, a tendência é pegar a 14 de Julho a partir da [Avenida] Mato Grosso, toda iluminada. Então nós vamos colocar a cada 100 metros viaturas e uma equipe. São oito equipes distribuídas ao longo da 14 de Julho, desde a Mato Grosso até a Fernando Corrêa da Costa. Então, além das 17 câmeras cuidando, ainda vamos ter toda uma equipe preparada para evitar vandalismo, furto e roubo nas lojas”, afirmou Azambuja.

ORLA FERROVIÁRIA

Além da 14 de Julho, a Prefeitura de Campo Grande também fará a proteção, por meio de barreira física, da Orla Ferroviária. Isso porque no ano passado, depois do fim da apresentação dos blocos, alguns foliões que ainda estavam na região, entraram em conflito com a polícia. Durante a confusão o monumento da Maria Fumaça acabou depredado.

“A área da Maria Fumaça será isolada todinha, aquele quadrilátero todo será isolado com metalon de 2 metros. A ponte que passa a Antônio Maria Coelho também, porque as pessoas podem ter acesso àquelas áreas por cima. Em 2019 houve alguns eventos lamentáveis ali, por volta da 1h30min da madrugada. O Carnaval já tinha acabado e resolveram fazer concentração ali, teve vandalismo, prejuízo para o município e para o cidadão campo-grandense, todo mundo pagou aquela conta e para evitar isso nós isolamos aquela área”, explicou o secretário.

Para esse esquema serão colocados 80 agentes na Esplanada Ferroviária, das 15h às 23h, enquanto a festa ocorre e depois as equipes serão posicionadas na Rua 14 de Julho. Além disso, a Guarda Metropolitana também terá 30 homens atuando na Praça do Papa, na segunda-feira (24) e terça-feira (25), durante a apresentação das escolas de samba.

Já a segurança nos shows na Fernando Corrêa da Costa, em que a expectativa é atrair de 30 a 40 mil pessoas, será feita pela Polícia Militar, que deverá disponibilizar cerca de 120 policiais para a fiscalização no período festivo.

Para Azambuja, com a volta do Carnaval na Fernando Corrêa da Costa, a corporação espera que não sejam repetidos os problemas de 2019, na divisão dos públicos. “Quando o Carnaval da Fernando Corrêa deixou de existir, o que a população fez? Migrou para a Orla Ferroviária e o ano passado foi o ápice de aglomeração de pessoas, mais de 50 mil pessoas ali em um espaço que deve comportar 20 mil, 30 mil. Esperamos que com esse Carnaval da Fernando Corrêa da Costa parte do público que concentrou na Esplanada, vá para a avenida. Então não vai ter essa aglomeração”.

A previsão é que além dos agentes, sejam usados 20 viaturas, 21 motocicletas e o drone da GCM durante os cinco dias de folia. “Com isso o município pretende garantir a segurança das pessoas, garantir que não haja, principalmente na Orla Ferroviária, vandalismo, depredações e na 14 de Julho também. Vamos esperar que ninguém seja preso, não haja conflito entre os foliões e as forças de segurança, que não tem necessidade. As forças de segurança estão ali para fazer a proteção das pessoas e esse é o grande objetivo”, avaliou.