Parlamentar considera que desmonte ao longo do tempo comprometeu condições para fiscalização de contratos
Durante a última fase da CPI do Consórcio Guaicurus, o vereador Júnior Coringa (PSD) afirmou que sua contribuição ao relatório final vai concentrar propostas que envolvem mudanças na estrutura das agências responsáveis pela fiscalização do transporte coletivo em Campo Grande.
Segundo ele, o documento deve incluir sugestões que visam fortalecer a autonomia e a credibilidade do comando da Agereg e da Agetran. O parlamentar afirma que as propostas devem ser apresentadas como projeto de lei em breve.
Entre as propostas estão: criação de mandato fixo e intercalado para diretores da Agereg, inspirado no modelo da agência estadual; exigência de concurso público para auditores; e implementação de quarentena para evitar que esses servidores atuem posteriormente em empresas do setor.
Para a Agetran, o vereador defende que a chefia indicada pelo Executivo passe por sabatina na Câmara Municipal.
Coringa também destacou que essas medidas têm como objetivo garantir maior independência das autarquias na fiscalização de contratos milionários, apontando que hoje ambas estariam fragilizadas.
“Assim nós vamos ter fiscalização de verdade, porque hoje, pelo desmonte que aconteceu ao longo do tempo, nós temos duas agências que não têm condições hoje de fazer a fiscalização desses contratos milionários”, considera o parlamentar.
Além das mudanças institucionais, o vereador propôs a inclusão no relatório de uma discussão sobre o futuro da mobilidade urbana na Capital, com menção ao modelo de BRT (Bus Rapid Transit) como alternativa para reduzir custos operacionais e melhorar a fluidez do sistema.
“Não adianta nada ter ônibus novos e não ter mobilidade, vai continuar a reclamação”, aponta ao defender o trabalho conjunto entre prefeitura e consórcio.
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