A retomada das aves para o cenário pantaneiro estava inicialmente programada para agosto.

O pantanal sul-mato-grossense passou por muita coisa nos últimos anos, principalmente com as recentes queimadas que devastaram o habitat dos animais que são símbolos do estado, como o caso dos tuiuiús. Contudo, na última semana, o retorno das aves para um ninho marcou um sinal de sobrevivência e recomposição da natureza no local.
Ao todo, foram sete meses de reconstrução. Um ninho artificial foi suspenso ao lado de um ipê na BR-262, próximo a Corumbá. Um fotografo registrou o momento em que um casal da espécie resolveu pousar sobre aquele que seria seu novo lar pelos próximos meses e até anos.
O novo lar foi construído em uma ação envolvendo Energisa, Fundação do Meio Ambiente de Corumbá, Embrapa Pantanal e Projeto Arara Azul.
A retomada das aves para o cenário pantaneiro estava inicialmente programada para agosto, mas a aparição do casal mostra que o Pantanal sobrevive com as próprias forças e a natureza vai se recompondo de forma gradual.
O ninho artificial foi construído sobre uma estrutura metálica, mas com pedaços de madeira para que as aves definitivamente se sentissem em casa.
Para o pesquisador da Embrapa, Walfrido Tomás, o período serve como uma retomada das aves e o próximo passo é a construção de um novo ninho com a possibilidade de expansão da família dos tuiuiús. "O que deve ocorrer por agora é eles depositarem mais material acima da base já iniciada e, no segundo semestre, ter ovos e depois os filhotes".
“O Pantanal é um dos nossos maiores patrimônios. Ter abraçado essa causa e trabalhado para colocar a estrutura de 12 metros de altura em pé, de forma rápida, foi totalmente recompensado por esta cena dos tuiuiús no ninho. Ver a natureza se regenerando nos fala muito sobre a importância de unirmos forças, principalmente em momentos desafiadores. A natureza nos surpreende sempre e nos faz acreditar em dias melhores”, disse o diretor-presidente da Energisa, Marcelo Vinhaes.
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