Caso em Indiana levanta questões sobre liberdade religiosa e direitos parentais nos Estados Unidos.

Pais Cristãos Perdem Guarda de Filho por Recusarem Transição de Gênero
Mary e Jeremy Cox. / Foto: Reprodução/YouTube

No estado de Indiana, nos Estados Unidos, o Departamento de Serviços Infantis (DCS) tomou a decisão controversa de retirar a custódia de um menino de seus pais, Mary e Jeremy Cox, devido à recusa do casal em aceitar a transição de gênero do filho. A criança, que se identifica como menina, foi retirada da família, desencadeando uma disputa legal que agora está sob análise da Suprema Corte dos EUA.

O DCS iniciou a investigação quando o filho expressou sua identidade de gênero como feminina, e os pais se negaram a utilizar pronomes femininos ao se referirem a ele. A controvérsia ganhou destaque ao questionar até que ponto o Estado pode interferir nas decisões familiares relacionadas à identidade de gênero e liberdade religiosa.

O casal, apoiado pelo Indiana Family Institute (IFI), alega que a criança foi retirada de casa devido à recusa em afirmar a identidade de gênero do menor. O Tribunal de Apelações de Indiana manteve a decisão, citando preocupações sobre o bem-estar do menor em um ambiente que não reconhecia sua identidade de gênero.

Com quase 18 meses afastado de seus pais, o filho tem acesso restrito a três horas semanais. O casal agora busca a revisão do caso pela Suprema Corte dos EUA, argumentando que a restrição à instrução religiosa viola seus direitos fundamentais.

A Indiana Family Institute (IFI), que oferece apoio aos pais, defende a proteção dos direitos parentais, liberdade de expressão e livre exercício da religião. Eles baseiam sua argumentação em princípios bíblicos e pré-políticos sobre o direito dos pais de criar seus filhos de acordo com suas crenças, citando Efésios 6:4: "Pais, não provoquem a ira de seus filhos, mas criem-nos na disciplina e na instrução do Senhor."

O desfecho deste caso pode ter repercussões significativas para os direitos dos pais nos Estados Unidos, e a Suprema Corte deverá tomar uma decisão até abril sobre a aceitação do caso. A IFI destaca a importância de preservar o direito e a responsabilidade dos pais na criação de seus filhos, em consonância com suas convicções religiosas.