Homem está indignado e garante que casal espancou criança.

Pai quer a guarda de bebê com sinais de tortura em Campo Grande; padrasto e mãe presos
Pai acusa mãe e padrasto de tortura. / Foto: Repórter Top - ilustrativa

Pai do bebê de um ano e um mês, socorrido com sinais de espancamento, entrou com pedido de guarda do pequeno, em Campo Grande. Ele se baseia em laudos do hospital para dizer que foram padrasto e mãe que agrediram a criança, na terça-feira (14). Os dois estão presos. 

O homem detalhou ao TopMídiaNews, que já entregou todos os documentos à Defensoria Pública do MS. O pai visitou o filho, internado na Ala Vermelha da Santa Casa, nesta quarta-feira (15), e está indignado com a violência. 

''Não acredito que caiu do sofá... eles [mãe e padrasto] espancaram meu filho'', disse o homem. Ele justificou a crença que os dois são culpados, em razão de um laudo citado por ele, onde o hospital apontou sinais de tortura na criança, além da prisão do casal. 

Bebê 

Equipe médica iniciou a retirada de sedação do bebê, nesta quinta-feira (16). Conforme o boletim médico, a equipe que atende o pequeno espera a saída da sedação para avaliar como ele vai despertar. 

A vítima segue na Ala Vermelha da Pediatria, respirado com ajuda de aparelhos. O quadro clínico é considerado estável. 

Versões

A primeira versão dada pelo casal, é que a criança havia caído da cama, por volta das 7h, de terça-feira. Como a mãe, que estava em casa, não viu gravidade no caso, desconsiderou. No entanto, por volta das 9h, o pequeno passou mal e o Samu foi acionado. 

Ao ser questionado, o padrasto caiu em contradição e revelou que mentiu, a pedido da mãe. Na segunda versão, ele disse que levou a mãe para trabalhar como manicure e os dois deixaram o bebê em casa sozinho, que caiu do sofá. Ele foi socorrido duas horas depois, com choro e vômitos. 

O hospital para onde a criança foi levada, teria classificado os ferimentos como semelhantes às de espancamento, tanto que acionou a polícia. 

Sophia

O caso tem semelhanças com o da pequena Sophia, de dois anos, morta e estuprada pelo padrasto e agredida pela mãe. A investigação mostrou que mãe e padrasto combinaram versões para despistar a polícia. 

A ocorrência foi registrado na Delegacia Especializada de Proteção à Criança e ao Adolescente, em Campo Grande. Como os pais foram presos em flagrante, aguardam audiência de custódia, no Fórum. 

O delegado responsável pelo caso, Roberto Morgado, pediu a prisão preventiva do casal e aguarda decisão de um magistrado.