Apesar disso, cenário na Capital é de recuperação por causa dos investimentos.

Pacientes do interior ocupam UPAs de Campo Grande enquanto aguardam vaga em hospitais

Pacientes do interior de MS, que aguardam por leitos em hospitais de Campo Grande, acabam ocupando vagas em UPAs da Capital. Com isso, a ocupação nesse tipo de unidade de saúde aumentou. 

Segundo a Secretaria Municipal de Saúde, somente nesta quinta-feira (29), três pacientes de cidades como Dourados, Nova Alvorada e Corumbá, estavam em unidades de urgência aguardando vaga hospitalar.

Ainda segundo o órgão, o fato da Capital ser referência em diversas especialidades de média e alta complexidade atrai moradores do interior do Estado, que não contam com esse recurso.

Desta forma, segue a prefeitura, os pacientes acabam recorrendo por meios próprios às unidades de pronto atendimento e centros regionais de saúde na tentativa de conseguirem vaga em um hospital.  

Esforço

A Sesau destaca que o cenário de ocupação em unidades de saúde é recuperação, mesmo tendo de atender a demanda interna (quase 1 milhão de pessoas) e ainda absorver parte da população do interior. 

‘’Hoje, não há nenhum paciente grave (entubado) à espera de leito de UTI nas unidades de urgência do Município’’. 

Recuperação 

No início de julho, Campo Grande chegou a registrar média de 5 a 10 pacientes internados em situação crítica à espera de leito hospitalar. O número já era bem menor do que no mês anterior, onde as unidades chegaram a ter 30 pacientes nestas condições.

A secretaria diz que a redução na quantidade de pacientes em UPAs é reflexo da estruturação da rede hospitalar na capital, com remanejamentos e abertura de mais leitos clínicos e de UTI para atender a população. 

Ampliação

Desde o início da pandemia, março de 2020, Campo Grande aumentou em mais de 200% a quantidade de leitos de UTI, passando de 116 para os atuais 333 leitos na rede pública, filantrópica e particular. 
As UPAs também foram reestruturadas e passaram a contar com atendimento multidisciplinar, realizado por equipes compostas de médicos, enfermeiros, técnicos, dentistas, nutricionais e fisioterapeutas contratados. Houve investimento por parte do município em equipamentos, insumos, medicamentos e materiais para dar suporte necessário a pacientes mais graves. No início do mês, 12 pacientes que estavam em situação crítica tiveram alta após serem tratados nas unidades.

Bom desempenho

A redução no número de casos, internações e óbitos provocados pelo coronavírus é atribuída às medidas preventivas adotas pelo município e do bom desempenho na vacinação contra a doença. 
Com mais de 33% de toda a população vacina com as duas doses ou dose única, Campo Grande é a Capital com melhor taxa de cobertura vacinal do país.