A Operação Acolhida terá reforço a partir de setembro para ampliar o alcance no processo de interiorização dos venezuelanos.

Operação Acolhida deve ganhar reforço a partir de setembro
/ Foto: Marcelo Camargo - Agência Brasil

Meta é aprimorar o processo de interiorização dos venezuelanos no país

A Operação Acolhida terá reforço a partir de setembro para ampliar o alcance no processo de interiorização dos venezuelanos.

A intenção é aumentar o número de cidades que recebem os imigrantes com um convênio a ser assinado com a Confederação Nacional de Municípios.

O subchefe de articulação e monitoramento da Casa Civil, Antônio José Barreto, explicou que atualmente os imigrantes são transportados de Roraima para todos os estados do país e o Distrito Federal por meio do processo de interiorização, mas há potencial para aumentar a quantidade de cidades que os acolhem.

"No próximo mês deveremos assinar com a Confederação Nacional de Municípios e com isso deveremos ampliar o número de municípios. Imaginamos que isso é gradativo porque para que um município acolha, temos um processo onde os instruímos para entender a realidade dessas pessoas que vêm para o Brasil", disse.

Pouco mais de seis mil imigrantes venezuelanos saíram de Roraima entre os meses de janeiro e julho deste ano e foram para outros estados.

Segundo Antônio José Barreto, atualmente há cidades que já receberam mais de mil imigrantes desde o início da Operação Acolhida, em março de 2018.

A operação tem três pilares que são o ordenamento de fronteira, o acolhimento e a interiorização.

Transporte
O subchefe de articulação e monitoramento da Casa Civil adiantou que a partir do fim de setembro o Aeroporto Internacional de Manaus - Eduardo Gomes (AM) vai funcionar como uma espécie de hub, que é um ponto de conexão para transferir passageiros aos destinos pretendidos.

"Vamos conseguir de um lado acelerar o processo de interiorização, baratear os custos, porque sabemos que temos mais opções de voos em Manaus", explicou.

O transporte dos venezuelanos é feito principalmente em aviões da Força Aérea Brasileira (FAB). As companhias aéreas também participam cedendo gratuitamente assentos que ficam vagos em aeronaves que partem de Boa Vista (RR).

Nesse caso, não são cobradas as taxas de embarque aeroportuárias.

Divulgação de dados e transparência
Outra atividade prevista para o fim de setembro é a divulgação de dados consolidados que mostram a evolução da Operação Acolhida.

Além de mecanismos para ampliar a transparência da aplicação dos recursos e das ações de cada fase da operação, de acordo com Antônio José Barreto.

Recursos e trabalho conjunto
Para este ano, a União autorizou um orçamento de R$ 253 milhões para a Operação Acolhida, sendo R$ 30 milhões destinados a programas que auxiliem os imigrantes na chegada aos estados de destino, de acordo com o subchefe da Casa Civil, Antônio José Barreto.

A estratégia recebe ainda recursos de organismos internacionais que chegam a US$ 50 milhões no período de um ano.

Segundo Antônio José Barreto, isso mostra a confiança das organizações no trabalho feito pelo Brasil. "A Operação é acompanhada com nossos parceiros, são mais de uma centena de parceiros privados e sociedade civil trabalhando conjuntamente com o Governo Federal.

A ONU [Organização das Nações Unidas] reconhece a Operação Acolhida como modelo a ser replicado no mundo", disse.