Para reverter cenário de exclusão, que deixa 2 bilhões de pessoas fora de sistemas financeiros, a União Internacional de Telecomunicações (UIT) recomenda investir em tecnologias digitais, que oferecem soluções baratas para o problema.

ONU: 2 bilhões de pessoas não têm acesso a bancos e serviços financeiros
Para reverter cenário de exclusão, que deixa 2 bilhões de pessoas fora de sistemas financeiros, a União Internacional de Telecomunicações (UIT) recomenda investir em tecnologias digitais, que oferecem soluções baratas para o problema. / Foto: Foto: PEXELS

Para reverter cenário de exclusão que representa um obstáculo ao desenvolvimento socioeconômico, a União Internacional de Telecomunicações (UIT) publicou neste mês 85 recomendações sobre políticas de inserção da população em sistemas financeiros através de tecnologias digitais.

Dois bilhões de pessoas não têm acesso aos serviços oferecidos por bancos. Para reverter esse cenário de exclusão que representa um obstáculo ao desenvolvimento socioeconômico, a União Internacional de Telecomunicações (UIT) publicou neste mês 85 recomendações sobre políticas de inserção da população em sistemas financeiros através de tecnologias digitais.

Orientações abordam temas como autenticação e segurança de usuários no meio virtual, o papel de organismos reguladores, os efeitos da competitividade no mercado digital de serviços financeiros e os custos e atributos dos aparelhos portáteis, como smartphones, que podem ser utilizados em transações e operações de gerenciamento de crédito.

Segundo a UIT, as novas tecnologias de comunicação e informação (TICs) oferecem soluções de baixo custo para incluir pessoas que estão desconectadas não apenas da Internet, mas também de sistemas financeiros formais.

"Revisando e avaliando as melhores práticas internacionais, desenvolvemos um conjunto de ferramentas que pode ser adaptado às necessidades locais.

Esperamos que ajude a ampliar as oportunidades (de comunidades) através do fornecimento de serviços financeiros digitais mais acessíveis, seguros, transparentes e robustos para consumidores e comerciantes em mercados emergentes", disse o secretário-geral da UIT, Houlin Zhao.

O documento foi elaborado a partir de consultas com um grupo de 60 empresas de mais de 30 países. Diálogos entre a agência da ONU e as corporações começaram em 2014 para elaborar orientações exequíveis por governos e pela iniciativa privada.

A presidente do grupo, Sacha Polverini, destacou que o valor das recomendações depende agora da sua aplicação sistemática em mercados "que precisarão de orientação e apoio".

"Estamos revendo atualmente a oportunidade de dar prosseguimento a uma nova iniciativa global que esperamos anunciar em abril de 2017", afirmou