Animal está sendo monitorado via GPS por uma coleira com bateria e chip.

Onça resgatada com patas queimadas e tiro no tórax, volta ao habitat e anda 8 km por noite

Uma onça macho de aproximadamente dois anos de idade, que foi resgatada em novembro do ano passado com as patas queimadas e um tiro no tórax, na Serra do Amolar, no Pantanal sul-mato-grossense, voltou ao habitat natural há 7 meses. O animal está em boas condições, caçando, nadando e andando em média 8 km por noite.

A onça está sendo monitorada via GPS por uma coleira com bateria e chip. O médico veterinário do CRAS (Centro de Reabilitação de Animais Silvestres), Lucas Cazati, foi o responsável pelo tratamento do animal, após a onça ser resgatada no ano passado com queimaduras nas patas e um projétil no tórax.

Ele confirmou que a onça macho continua na região da Serra do Amolar, local onde foi encontrada ferida e depois solta novamente à natureza. “Ela está bem graças a Deus. Verifiquei esta semana como está o seu monitoramento no Pantanal. Ela está ótima, caçando e nadando”, disse.

Nos primeiros dias após seu retorno à natureza, a onça já tinha feito sua primeira alimentação, ao comer uma capivara, se deslocou de forma ativa pela região e atravessou o rio a nado, mostrando que estava preparada para voltar ao habitat.

Cazati destacou ser uma “grande satisfação” saber que a onça se adaptou novamente ao seu habitat, que está sadia, viva e provavelmente se reproduzindo. “É uma sensação de dever cumprido em saber que toda nossa dedicação no seu tratamento teve resultado efetivo”, ponderou.

Até o momento a região onde a onça está circulando não está convivendo com focos de incêndio, segundo o médico veterinário. O animal foi solto novamente à natureza em 21 de janeiro deste ano.

A onça passou a ser monitorada por uma coleira que contém uma bateria e um chip que a cada hora emite um sinal, captado pelo satélite e retransmitido ao software de monitoramento, que é feito por GPS e sinal VHF.

O monitoramento é feito pelo Instituto Homem Pantaneiro. As informações colhidas do GPS mostram o que o animal fez no dia anterior e o sinal (VHF) emite a sua localização e distância em tempo real. Ao todo serão 24 informações diárias do animal.

Todos estes dados e material vão servir para pesquisa sobre sua geolocalização e atividades ao longo do dia, em relação à alimentação, onde ela dorme e seu perímetro de movimentação na região do Pantanal.