Informação é contestada pela prefeitura sul-mato-grossense, que assegura escoamento exclusivo de águas pluviais
Parte da tubulação de uma obra de macrodrenagem em Bela Vista, na fronteira com o Paraguai, foi alvo de vandalismo na noite desta quarta-feira, 04.
O ato ocorreu em meio a uma obra binacional, na qual autoridades e moradores da cidade paraguaia de Bella Vista Norte protestam contra o projeto, alegando que a estrutura despejará esgoto no Rio Apa.
Entretanto, a informação é contestada pela prefeitura sul-mato-grossense.
A Polícia Militar registrou a ocorrência e busca identificar os responsáveis pela destruição de patrimônio público.
O projeto, uma parceria entre o Governo de Mato Grosso do Sul e a prefeitura, destina-se exclusivamente ao escoamento de águas pluviais para solucionar problemas históricos de alagamento na cidade brasileira.
A contestação do lado paraguaio, inflamada por autoridades locais, foca na localização da saída da tubulação, em frente a uma área turística conhecida como “Prainha”. A mobilização inclui ameaças de bloqueio da ponte internacional que liga as duas cidades.
Segundo a administração municipal de Bela Vista, cidade sul-mato-grossense localizada a 323 km distante da Capital, tecnicamente a obra prevê um dissipador de energia para reduzir a velocidade da água e evitar erosão no rio.
“O projeto em execução foi elaborado para resolver problemas históricos de alagamentos em Bela Vista/MS. A rede implantada é destinada apenas à coleta de águas da chuva, sem qualquer ligação com o sistema de esgoto. Para garantir a segurança ambiental, a obra inclui a construção de um dissipador de energia, estrutura hidráulica que reduz a velocidade da água antes de chegar ao rio, evitando erosões, assoreamento e impactos negativos no curso d’água”.
Diante da situação, o prefeito de Bela Vista, Gabriel Boccia, solicitou um estudo de viabilidade para avaliar a alteração do ponto de descarga da água, segundo a assessoria, “como um gesto para preservar a boa convivência na fronteira”.
A Prefeitura e o Governo do Estado reafirmam a legalidade e a correção técnica do projeto, lamentam o vandalismo e reforçam que seguem abertos ao diálogo, alertando contra a disseminação de informações falsas.
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