O Comitê Estadual Temporário de Apuração de Denúncias do governo do Estado, realizou a sua primeira reunião na manhã desta segunda-feira (6). Na ocasião uma das deliberações foi de que as secretarias que tem denúncia de envolvimento na Operação Lama Asfáltica faça um levantamento e apuração de responsabilidade de servidores. Desta forma, o número de funcionários estaduais envolvidos na operação pode aumentar.

Confirmados pelo governo do estado, apenas dois dos investigados são servidores estaduais de carreira, Hélio Yudi e Wilson Roberto Mariano. Mas de acordo com o relatório da segunda fase da operação, deflagrada no dia 10 de maio e denominada Fazendas de Lama, outros nomes são citados em supostas irregularidades na fiscalização dos trabalhos feitos pela Agesul (Agência Estadual de Gestão de Empreendimentos). Dos dois citados pelo governo, somente Mariano continua preso. Beto e Hélio atuavam dentro da Agesul.

Segundo o coordenador do comitê, Felipe Mattos, este primeiro encontro foi para se inteirar da situação. “Na verdade foi a primeira reunião do Comitê, então a gente deliberou por tomar pé da situação. Primeiro vamos requisitar a todas as secretarias que tem denúncia de envolvimento nessas questões o andamento atual dentro delas de como estão as investigações, como por exemplo, a apuração de responsabilidade de servidores pra gente centralizar aqui essas informações”.

Outra definição feita é que irão pedir acesso aos documentos que estão sendo investigados pelos órgãos competentes. “Vamos pedir também o compartilhamento dos autos no judiciário e nos órgãos de controle. Então pedir junto ao MPF, MPE e Polícia Federal o que eles tem de provas em por ausência de sigilo possam nos remeter para que a gente, dentro do possível já entre com as ações judiciais, relativas ao ressarcimento aos cofres do estado”.

Mattos explica ainda que é possível obter o ressarcimento. “Todo o trabalho será sobre a Lama Asfáltica, Fazendas de Lama e até com relação a Força Tarefa do MPE, que está apurando mais ou menos os mesmos fatos. Vejo possibilidade de ressarcimento sim, eventualmente a gente identificando provas de que realmente isso aconteceu, a gente judicializará e pediremos restituição aos cofres junto aos responsáveis”.

Fazem parte do comitê as secretaras de Governo, Casa Civil, Fazenda, Educação, Infraestrutura, além da Auditoria Geral do Estado e Procuradoria Geral do Estado. A segunda reunião ficou marcada para a próxima sexta-feira (10), às 14h. “Deliberamos que eles tem que fazer um levantamento dentro das secretarias e na sexta já retornam com essas informações pra gente dar o próximo passo”, finalizou o coordenador.