Mesmo com os números críticos, apenas metade do grupo de risco se vacinou contra a influenza em MS

Número de mortes por influenza em 2024 é recorde em MS
Mesmo com os números críticos, apenas metade do grupo de risco se vacinou contra a influenza em MS / Foto: Henrique Arakaki, Midiamax

Os casos de SRAG (Síndromes Respiratórias Agudas Graves) em Mato Grosso do Sul já levaram quase 5 mil pessoas à internação e outras 400 à morte. Porém, a atuação da influenza este ano chama a atenção, visto que só o vírus da gripe causou 153 mortes este ano, no Estado.

Os dados são da SES (Secretaria Estadual de Saúde) e mostram o impacto do vírus da gripe na população. Este ano, a influenza levou 153 sul-mato-grossenses à morte até agora e o número já é o maior desde o início do monitoramento, em 2009.

Para se ter uma ideia, no ano passado foram 67 mortes em decorrência do vírus da gripe. Em 2022, ano com maior incidência da influenza, até então, foram registradas 120 mortes pela influenza A.

Tendência de queda
Boletim do Infogripe elaborado pela Fiocruz, mostra que apesar da tendência de aumento dos casos de SRAG ao longo prazo em todo o país, Mato Grosso do Sul começa a entrar no período de estabilidade, seguido de queda.

O Acre, Tocantins, Mato Grosso do Sul, Distrito Federal e Espírito Santo também apresentam incidência de SRAG ao nível de alerta, risco ou alto risco, porém com tendência de queda ou estabilidade nas últimas semanas.

O Boletim constatou a manutenção do crescimento de influenza A na maior parte dos estados das regiões Centro-Sul e Nordeste, e em parte da região Norte, com níveis de incidência variando de moderado a muito alto. Jovens, adultos e idosos são as populações mais afetadas.

No entanto, já há sinais de interrupção do aumento ou início de queda nos casos, especialmente entre os idosos, no Norte (Amazonas, Pará, Tocantins) e no Centro-Oeste (Mato Grosso do Sul), embora esses estados ainda apresentem patamares elevados de incidência.

Síndromes respiratórias
Os casos se intensificaram no fim de março e início de abril, com a chegada do outono e as mudanças no clima. O tempo mais seco também contribui para a disseminação dos vírus, que atingem principalmente crianças e idosos.

As SRAG são doenças respiratórias que levam os pacientes à internação e em Campo Grande somam 1.637 casos este ano. Na Capital, o número de mortes em decorrência dessas doenças soma 145 casos, em sua maioria de idosos.

O número de casos registrados este ano no Estado, já superam o mesmo período do ano passado e alertam para a gravidade. Porém, começam entrar em tendência de queda de contaminação.

Vacinação contra influenza
A vacina contra a influenza é a melhor maneira de se prevenir contra a dengue. Porém, apesar disso e da disponibilidade gratuita no SUS, para toda a população, apenas 44,3% do público alvo, composto por gestantes, crianças e idosos, se vacinou. A meta é de 90%.

Mato Grosso do Sul aparece em 1° no ranking nacional de imunização, porém, não há motivos para orgulho. No geral, em todo o país, a imunização contra a influenza não oferece níveis mínimos de segurança da população.

No Estado, o município de Vicentina se destaca com cobertura de 70% da população alvo vacinada. Enquanto Japorã, apesar da pouca população, imunizou apenas 24,6% do público-alvo.