O vírus HIV é o que mais mata adolescentes africanos e é o segundo maior motivo de mortes entre jovens de 15 a 19 anos no mundo, de acordo com o Fundo das Nações Unidas para a Infância.

O número de mortes de adolescentes em decorrência da Aids triplicou nos últimos 15 anos, com 26 novas infecções por hora entre jovens, de acordo com o Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF), apresentadas em Conferência em Joanesburgo, na África do Sul, no último dia (27).

“É importante que jovens que sejam soropositivos tenham acesso a tratamento, cuidado e apoio”, ressaltou a agência da ONU.

Segundo o UNICEF, a Aids é a primeira causa de morte entre adolescentes de 17 a 19 anos na África, e o segundo maior motivo de falecimento de adolescentes no mundo.

Na África Subsaariana – região com maior prevalência da doença – meninas são as mais afetadas, representando sete em cada 10 infecções entre pessoas nessa faixa etária.

Segundo dados da agência, menos da metade das crianças abaixo dos dois meses de vida passam pelo teste de HIV.

Ainda, apenas uma em cada três entre as 2,6 milhões de crianças abaixo de 15 anos soropositivas estão sendo tratadas.

A maioria dos adolescentes que morre em decorrência da Aids adquiriram o vírus quando crianças, entre 10 a 15 anos atrás, quando menos mulheres grávidas soropositivas recebiam medicamento antirretroviral para prevenir a transmissão de mãe para filho, de acordo com o UNICEF.

No entanto, desde 2000, foram registradas cerca de 1,3 milhões de prevenções de infecção da doença entre crianças, principalmente devido aos avanços no combate à transmissão de mãe para filho.

“Mas investimentos imediatos são necessários para um tratamento que salve a vida das crianças e adolescentes infectados”, ressaltou o chefe dos programas globais do UNICEF para HIV/Aids, Craig McClure.